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"Números gritantes". Marcelo e Costa assinalam Dia para a Eliminação da Violência Contra Mulheres

por Carlos Santos Neves - RTP
“Os números da violência doméstica entre nós são hoje gritantes”, reconhece o presidente da República António Pedro Santos - Lusa (arquivo)

Assinala-se esta sexta-feira o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, data em que o presidente da República reconhece que “os números da violência doméstica” no país “são gritantes”. Marcelo Rebelo de Sousa faz um apelo “à ação de todos os portugueses e portuguesas” para que “sejam erradicadas todas as forças de agressão contra as mulheres”. Também o primeiro-ministro, António Costa, quis deixar uma mensagem: “Uma mulher ou uma rapariga agredida é toda uma sociedade ferida”.

Todo e qualquer ato de agressão ou violência contra as mulheres é bárbaro, inaceitável e uma das mais cobardes atitudes entre seres humanos. Uma mulher ou uma rapariga agredida é toda uma sociedade ferida”, escreve o chefe do Executivo no Twitter.

“Neste Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres reitero o apelo ao fim do silêncio de quem sofre agressões e ao fim da indiferença dos que as detetem. E repito o apelo a toda a comunidade a que se indigne perante qualquer tipo de violência”, exorta ainda António Costa.


Num conjunto de tweets, o primeiro-ministro reitera o que diz ser “a prioridade do Governo no combate a este flagelo da violência doméstica”, para acrescentar que, no Orçamento do Estado, “haverá um reforço de verbas para a criação de mais estruturas de apoio, mais respostas especializadas e novas valências para o apoio a todas as vítimas”.
“Saibamos estar à altura”
Por sua vez, em mensagem publicada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que ”o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, que hoje se assinala, apela à ação de todos os portugueses e portuguesas para que, de forma efetiva e permanente, sejam erradicadas todas as formas de agressão contra as mulheres”.

“O papel insubstituível e extraordinário das mulheres na sociedade portuguesa, conquistado por mérito próprio, obriga cada um de nós a agir, a denunciar e a impedir toda e qualquer forma de violência contra as mulheres no nosso País”, lê-se no texto.

O presidente da República reconhece que “os números da violência doméstica entre nós são hoje gritantes, assim como a ainda contínua desigualdade de que as mulheres portuguesas são objeto, nos mais variados contextos sociais e profissionais”.

“Devemos todos e todas unir-nos contra eles e contra o que representam, na vida de cada uma das vítimas e suas famílias, mas também no que revelam sobre a nossa comunidade”.

“Neste dia e em todos os dias que o futuro nos trará, saibamos estar à altura do contributo indelével das portuguesas no desenvolvimento de Portugal, eliminando e combatendo, nas suas múltiplas formas, a violência contra as mulheres, e não compactuando com silêncios cúmplices ou cómodas omissões”, conclui o chefe de Estado.
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