Nuno da Câmara Pereira é o novo presidente do PPM
O deputado e fadista Nuno da Câmara Pereira foi eleito presidente do Partido Popular Monárquico (PPM), ficando Paulo Estêvão e Gonçalo da Câmara Pereira como vice- presidentes, disse à agência Lusa fonte do partido.
No segundo e último dia do XX Congresso do PPM, Nuno da Câmara Pereira venceu com 61 votos a favor e 31 contra, de um total de 96 votos, derrotando o outro candidato, Augusto Ferreira do Amaral.
Em declarações à agência Lusa, Nuno da Câmara Pereira elegeu como principal objectivo a renovação do Partido Popular Monárquico e também a recuperação da juventude monárquica.
"A democracia precisa de uma alternativa democrática que pode ser o PPM", disse, acrescentando: "queremos uma república com Rei".
Manifestou-se ainda contra a Constituição Europeia e defendeu "maior aproximação às regiões autónomas de Espanha", que passa pela "informação dos portugueses e espanhóis em relação ao problema com Olivença".
O respeito pela liberdade da Família foi igualmente realçado pelo novo presidente do PPM, que considera que o partido "sente com maior sensibilidade as questões de política moral".
Nuno da Câmara Pereira considera que a sua vitória no Congresso "não causou fractura no partido, contrariamente ao que sempre se verificou quando houve mudança de liderança no PPM".
"Tive uma luta política com Augusto Ferreira do Amaral, que é uma figura de proa da nossa sociedade", mas "todos somos poucos para regenerar o partido, por isso contamos com ele", disse.
Sobre uma das questões que maior cisão provocou entre os dois candidatos - a sucessão ao trono de Portugal se a monarquia viesse a ser instituída em Portugal - Nuno da Câmara Pereira garantiu que "acabou a discussão".
Nuno da Câmara Pereira não reconhece legitimidade a D. Duarte Nuno para ocupar o trono, se a monarquia viesse a ser instituída em Portugal, enquanto Augusto Ferreira do Amaral afirmou que uma das razões porque se candidatou à liderança do partido foi precisamente a posição do seu adversário em relação a esta matéria, que considera ter "introduzido no partido uma perturbação numa área central".
Agora, Nuno da Câmara Pereira defende que a questão da sucessão não se coloca, já que "não cabe ao PPM discutir o problema da sucessão ao trono de Portugal, devendo ser os portugueses a escolher através das cortes ou do Parlamento quem deverá ocupar o trono", realçou.