"Apesar das dificuldades financeiras, vão arrancar no final de Outubro novas obras, designadamente a do Parque Corgo, que vai dar uma nova imagem às margens do rio Corgo até ao Cabril", salientou Manuel Martins.

O projecto para o Parque Corgo prevê um investimento de 3.900 milhões de euros na requalificação das margens deste rio, desde a ponte da Timpeira, até à confluência com o rio Cabril.

Prevê ainda a construção de pontes pedonais, percursos pedonais, parque de estacionamento, polivalente desportivo, dois parques infantis e recuperação de algumas habitações junto ao rio para estabelecimento comercial.

Durante este mês têm também início as obras de reabilitação do largo do Pioledo, no centro da cidade de Vila Real, um investimento de 1.300 milhões de euros na requalificação da zona verde, que inclui a demolição de um edifício, passeios e arcadas.

Também está prevista a construção do Centro de Monitorização do bairro dos Ferreiros, onde vão ser gastos 400 mil euros na reabilitação de um antigo moinho para a instalação de um espaço de exposições e informação ambiental.

Manuel Martins referiu ainda que o projecto da Antiga Zona Industrial já está a concurso, devendo ser financiado com o dinheiro obtido através da venda das urbanizações a construir no local.

Segundo salientou o autarca, o gestor nacional do Polis garantiu que haverá ainda possibilidade de arrancar com obras no Centro Histórico ou na Vila Velha.

No entanto, se os problemas financeiros não forem resolvidos, alguns projectos do Polis de Vila Real correm o risco de não se concretizarem de imediato, como por exemplo o da Avenida Carvalho Araújo ou Parque de Tourinhas.

"Estas intervenções terão de ser alvo de novas contratualizações, pois o Polis de Vila Real já foi prorrogado até Setembro de 2005, mas não haverá tempo para concluir tudo, pelo que terá de haver uma adenda através da qual o Governo se comprometa a dar os meios financeiros necessários à conclusão do projecto", frisou.

Ainda durante o mês de Outubro, Manuel Martins vai reunir com o Ministro das Cidades, José Luís Arnaut, de quem exige "um compromisso formal e escrito" de que o Polis de Vila Real vai chegar ao seu termo, tal como previsto inicialmente.

Se não se verificar um acordo com o Ministério das Cidades, o autarca mantém a sua ameaça de colocar o Governo em tribunal.

"Se não chegarmos a um acordo, só me resta cumprir o que disse, e a 01 de Janeiro de 2005 o Estado tem um processo contra ele por parte da Câmara de Vila Real", afirmou.

O investimento total previsto para a requalificação urbana ascendia aos 30 milhões de euros, mas nos últimos quatro anos, Vila Real só foi alvo de quatro intervenções Polis, designadamente: avenida 1.º de Maio (877 mil euros), rua Miguel Torga (442 mil euros), avenida da Noruega (745 mil euros) e Bairro dos Ferreiros (três milhões de euros), que ainda em fase de execução.