O porta-voz do Chefe do Estado-Maior do Exército esclareceu hoje que as obras no parque de campismo militar de Lagos não necessitam de qualquer autorização da Câmara Municipal, pois apenas visam recuperar um edifício que estava degradado.
A posição do tenente-coronel Vasco Pereira surgiu na sequência de um comunicado da Assembleia Municipal de Lagos hoje enviado à Agência Lusa, onde é exigida "a suspensão e demolição da obra", alegando que a Câmara não havia sido informada desta intervenção, nem "chamada a emitir qualquer parecer".
"Como não existe qualquer alteração à estrutura existente e tratando-se, somente, da recuperação de um edifício degradado, não era necessário qualquer autorização da autarquia", disse o porta-voz do exército à Agência Lusa.
Segundo o tenente-coronel Vasco Pereira, o exército agiu de modo "a recuperar um prédio militar, fora da zona de protecção das muralhas, que devido à sua degradação oferecia alguns riscos".
A Assembleia Municipal refere no comunicado que o "edifício de dois pisos é um verdadeiro atentado urbanístico, paisagístico e ambiental que fere e ultraja o espaço de vida" dos munícipes de lagos e questiona mesmo se "ficará pelos dois pisos", dando a entender que se trata de uma nova construção.
Contudo, o porta-voz do Chefe do Estado-Maior do Exército garantiu que a obra não contempla "uma construção nova, nem qualquer alteração ao edifício já existente".
