O director executivo da Sociedade Polis de Vila Real, Santos Silva, garantiu que as reclamações dos comerciantes serão ouvidas e que a vedação que está a ser utilizada será de chapa metálica na parte inferior e de rede na parte superior.

Segundo o responsável, assim fica garantida a visibilidade dos estabelecimentos comerciais instalados nas galerias do Pioledo e as condições de segurança.

Em declarações à Agência Lusa alguns comerciantes do Pioledo mostraram-se preocupados com o "beco" que poderia ser criado com a instalação "de uma parede" nas galerias desta área comercial, que poderia afastar os clientes.

Óscar Ferreira, proprietário de uma loja nesta zona, salientou que não está "contra as obras", mas que receia a falta de condições de segurança se as chapas metálicas forem instaladas a uma altura de dois metros, como previsto.

Também dona de um estabelecimento nesta área, Ana Carvalho mostrou-se "apreensiva" com as obras e "receosa", pelo que reivindicou uma "protecção que dê mais visibilidade às lojas".

Preocupações que, segundo garantiu Santos Silva, serão salvaguardadas através de uma "solução de compromisso que minimize o efeito de parede" devido à vedação que é necessário instalar em frente ao edifício do Pioledo para a concretização da obra.

A intervenção no Pioledo, no centro da cidade, vai custar 1,1 milhões de euros e tem um prazo de execução de sete meses, devendo as obras estar concluídas em Julho.

Segundo Santos Silva, em frente das galerias do Pioledo será instalado um estrado de madeira, sendo que o acesso a esta área passará a ser feita apenas por duas entradas, uma de escadas e outra em rampa.

Os passeios vão ser construídos em granito, na rua vai ser utilizado um pavimento betuminoso vermelho e a iluminação será também alterada.

No jardim em frente do Pioledo serão mantidas as árvores, demolidos os dois edifícios ali existentes e construído um café com esplanada.

As obras nesta área deveriam ter começado no final de Novembro, mas foram adiadas devido ao período de Natal.

No âmbito do Polis de Vila Real está ainda em obras o Parque Corgo, um projecto que prevê um investimento de 3.900 milhões de euros na requalificação das margens deste rio, desde a ponte da Timpeira, até à confluência com o rio Cabril.

Prevê ainda a construção de pontes pedonais, percursos pedonais, parque de estacionamento, polivalente desportivo, dois parques infantis e recuperação de algumas habitações junto ao rio para estabelecimento comercial.

Segundo Santos Silva, em breve avança a construção do Centro de do Centro de Monitorização do Bairro dos Ferreiros, onde vão ser gastos 400 mil euros na reabilitação de um antigo moinho para a instalação de um espaço de exposições e informação ambiental.