Oceanário recebe dois jovens machos de lontra-marinha resgatados no Alasca

por Lusa

Lisboa, 30 mai (Lusa) - Dois jovens machos de lontra-marinha, o Odi e o Kasi, resgastados no Alasca no ano passado, são os novos habitantes do Oceanário de Lisboa, anunciou hoje a instituição.

O Odi e o Kasi foram resgatados em março e em julho de 2017 pelo Alaska Sealife Center, um centro de recuperação de animais marinhos que resgatou e reabilitou estas lontras que não poderiam ser devolvidas ao seu `habitat` natural.

Estas duas novas lontras-marinhas fazem agora companhia às fêmeas Micas e Maré, nascidas no Ocenário há 18 e 20 anos, respetivamente.

Numa nota, Núria Baylina, Curadora e Diretora de Conservação do Oceanário, afirmou que "o processo de adaptação das lontra-marinhas correu como esperado" e que "a introdução no `habitat` do Pacífico [do Oceanário] e a aproximação às duas lontras-marinhas fêmeas foram um sucesso".

As duas lontras-marinhas tinham sido resgatadas num estado de debilidade, com menos de um ano de vida, o que inviabilizou a sua reintrodução no `habitat` natural, "uma vez que é durante o primeiro ano de vida que as crias aprendem com as progenitoras as regras básicas de sobrevivência, como procurar alimento e cuidar do pelo", explicou o Oceanário.

A lontra-marinha é considerada atualmente como um animal em perigo na Lista Vermelha da `International Union for Conservation of Nature` (IUCN).

É o único mamífero marinho com características de animais terrestres, nomeadamente "patas dianteiras como o cão, dentição de carnívoro, orelhas e até sobrancelhas", conseguindo utilizar ferramentas, como pedras, para partir conchas, realçou o Oceanário.

O seu metabolismo é muito acelerado, para manter a temperatura corporal, e por isso precisa de comer diariamente o equivalente a 30% do seu peso, "o mesmo que um humano adulto consumir 100 hambúrgueres por dia", acrescentou.

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