Operação "Rescaldo". Judiciária deteve três elementos dos Bombeiros Voluntários do Beato e Penha de França por desvio de dinheiro

Três elementos dos Bombeiros Voluntários do Beato e Penha de França foram esta quarta-feira detidos por suspeita de desvio de verbas pertencentes à associação e uso de viatura para benefício pessoal.

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Foto: Rui Alves Cardoso - RTP

O anúncio das detenções foi feito pela Polícia Judiciária numa nota enviada às redações. Os detidos são suspeitos de "peculato, abuso de poder e de peculato de uso". Das diligências realizadas pela Judiciária resultou a constituição de quatro arguidos, sendo os três detidos presentes esta quinta-feira a juiz com vista à aplicação das adequadas medidas de coação.

“A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, deteve, hoje, três elementos da, suspeitos de desviar verbas pertencentes à AHBVBPF e de usar indevidamente viatura de serviço em benefício pessoal”, indica a polícia, explicando que, “no âmbito da operação “Rescaldo”, foram cumpridos três mandados de busca domiciliária e um mandado de busca não domiciliária”.

De acordo com a PJ, entre os detidos encontram-se o comandante, o vice-presidente, a tesoureira e um elemento da corporação.

Os detidos são suspeitos de desviar dinheiro, transferido ou depositado em contas de elementos da corporação: “Investigam-se factos relacionados com o desvio de verbas transferidas e/ou depositadas nas contas bancárias de um conjunto restrito de elementos daquela corporação”, fez saber a judiciária na nota ao início da tarde.

Está ainda a ser investigado “o uso indevido de viatura de serviço, para fins contrários aos que se destina e em benefício do comandante da Associação Humanitária e dos elementos do seu agregado familiar”.

A Judiciária avança que os suspeitos agora detidos terão movimentado essas verbas da associação para contas dos mesmos “através de transferências e depósitos diretos ao balcão, sob o alegado pretexto do reembolso de despesas e pagamento de ajudas de custo dos próprios ou de terceiros”.

Na operação sob direção do DIAP Regional de Lisboa foram cumpridos três mandados de busca domiciliária e um mandado de busca não domiciliária, tendo participado “cerca 30 elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, da Unidade de Armamento e Segurança, da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática e da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística, com vista à recolha de elementos de prova”.

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