Ordem dos Médicos denuncia degradação. Demitiu-se o diretor da urgência do Hospital Amadora-Sintra

Demitiu-se na segunda-feira o diretor do Serviço de Urgência do Hospital Amadora-Sintra. Hugo Martins alegou motivos pessoais para uma decisão que tem efeitos retroativos ao passado sábado, dia 1 de fevereiro.

RTP /
Hugo Martins alegou motivos pessoais Filipe Silva - RTP

A Ordem dos Médicos havia alertado para níveis de segurança clínica "abaixo de todos os limites" no Hospital Fernando Fonseca, ou Amadora-Sintra. Em comunicado, a instituição adiantava que o serviço de Urgência funcionara, no último fim de semana, com uma só médica especialista e dois médicos internos, algo que está “contra todas as recomendações técnicas”.
Segundo as recomendações, a urgência deve ter pelo menos seis médicos tendo em conta a área populacional que a unidade hospitalar serve.

Em entrevista à RTP3, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, considerou, na tarde de segunda-feira, que a situação no Amadora-Sintra se tem degradado "de forma muito perigosa nos últimos meses" e lançou um "apelo desesperado" por uma "intervenção direta" por parte do Ministério da Saúde.

Contactado pela RTP, o hospital reconheceu ter alguns períodos de contingência na escala de cirurgia-geral em contexto de urgência. Adiantou ainda que tal resulta da saída concertada de dez cirurgiões, mas acrescentou que contratou já oito especialistas e conta reforçar a equipa.

A urgência do Hospital Amadora-Sintra tem sido notícia pelas horas de espera. Na semana passada, houve doentes a esperarem mais de 30 horas para serem atendidos.
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