País
Pacote laboral. CGTP e UGT não excluem greve geral em caso de "intransigência"
Em vésperas de o Governo e os parceiros sociais se reunirem na concertação social para discutir a proposta de revisão das leis do trabalho apresentada pelo Executivo de Luís Montenegro, as duas centrais sindicais foram a Belém pedir ao presidente da República para que se pronuncie contra o que entendem ser um "ataque" aos direitos dos trabalhadores e não fecham a porta a uma ação conjunta - ou seja, em cima da mesa está mesmo o cenário de uma greve geral.
"O passado já demonstrou isso. Nos momentos certos, quando assim tiver de ser, estamos sempre abertos à discussão, sempre abertos ao diálogo. Não colocámos de fora nenhuma forma de luta. Nenhuma forma de luta está excluída. Neste momento, está tudo em cima da mesa", disse, no final da audiência, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, que defende um recuo "em toda a linha" por parte do Governo para evitar alterações que estão a ser recebidas pelos trabalhadores com "receio" e "negativismo".
Posição semelhante assumiu o líder da UGT, que considera "prematuro" falar de uma greve geral promovida pelas duas centrais sindicais, mas deixa um aviso a quem for intransigente nas negociações do anteprojeto apresentado no início do verão pela ministra do Trabalho.
"Temos de ver a disponibilidade do Governo e dos restantes parceiros. O que é que justifica a UGT aderir ou promover uma greve geral? Questões que estão nesta proposta e que já evoluíram durante a Agenda do Trabalho Digno - e que agora recuam. Se o Governo continuar intransigente - e os restantes parceiros -, esse é um bom motivo para encetarmos formas de luta, não excluindo a greve geral, naturalmente, com outras organizações sindicais", afirmou Mário Mourão.
O sindicalista afirma ainda que o Executivo comprometeu-se a cumprir os acordos anteriores, mas que, com a atual proposta, está "precisamente a desrespeitar" esse compromisso: "Não é bom", sublinhou Mário Mourão no final da audiência concedida por Marcelo Rebelo de Sousa a dois dias da primeira reunião que junta todos os parceiros após o Governo ter apresentado o anteprojeto de revisão da legislação laboral.
"Esperamos que, no final desta discussão, a proposta possa ser bem diferente. A UGT está disponível para o diálogo e para a concertação, mas há limites", insistiu.
Entretanto, a CGTP convocou para o dia 20 de setembro uma Jornada Nacional de Luta contra o pacote laboral e com manifestações previstas para as cidades de Lisboa e do Porto, considerando que a proposta do Governo é um "assalto" aos direitos dos trabalhadores.
Posição semelhante assumiu o líder da UGT, que considera "prematuro" falar de uma greve geral promovida pelas duas centrais sindicais, mas deixa um aviso a quem for intransigente nas negociações do anteprojeto apresentado no início do verão pela ministra do Trabalho.
"Temos de ver a disponibilidade do Governo e dos restantes parceiros. O que é que justifica a UGT aderir ou promover uma greve geral? Questões que estão nesta proposta e que já evoluíram durante a Agenda do Trabalho Digno - e que agora recuam. Se o Governo continuar intransigente - e os restantes parceiros -, esse é um bom motivo para encetarmos formas de luta, não excluindo a greve geral, naturalmente, com outras organizações sindicais", afirmou Mário Mourão.
O sindicalista afirma ainda que o Executivo comprometeu-se a cumprir os acordos anteriores, mas que, com a atual proposta, está "precisamente a desrespeitar" esse compromisso: "Não é bom", sublinhou Mário Mourão no final da audiência concedida por Marcelo Rebelo de Sousa a dois dias da primeira reunião que junta todos os parceiros após o Governo ter apresentado o anteprojeto de revisão da legislação laboral.
"Esperamos que, no final desta discussão, a proposta possa ser bem diferente. A UGT está disponível para o diálogo e para a concertação, mas há limites", insistiu.
Entretanto, a CGTP convocou para o dia 20 de setembro uma Jornada Nacional de Luta contra o pacote laboral e com manifestações previstas para as cidades de Lisboa e do Porto, considerando que a proposta do Governo é um "assalto" aos direitos dos trabalhadores.