António Aires tem a seu cargo várias paróquias do concelho de Alijó.

O pároco deslocava-se de Sanfins para Alijó, para celebrar a Missa do Galo, quando foi alegadamente desviado para um local ermo, junto a uma barragem, por um grupo de desconhecidos.

O padre terá sido "retirado do carro e espancado", e abandonado no local sem que lhe tivesse sido roubado nada. A agressão terá ocorrido na zona da barragem que abastece o concelho. Um grupo de indivíduos interceptou o carro em que seguia o padre, destruiu a viatura e agrediu então violentamente o pároco.

Nu e preso a uma árvore, ter-se-á conseguido libertar por seus próprios meios e, andando a pé, percorrer alguns quilómetros até chegar às casas mais próximas onde pediu ajuda aos paroquianos.

De imediato foi chamada a intervir a polícia e o INEM tendo sido transportado ao centro de saúde de Alijó onde lhe foram diagnosticados vários hematomas e escoriações. Foi depois transportado para o Hospital de Vila Real onde permaneceu em observação até ao final da manhã.

O padre já teve alta e foi, a conselho médico, para casa onde ficou em descanso.

Segundo a GNR, até meio da tarde de hoje, o pároco ainda não teria apresentado queixa.

António Aires é um dos padres mais conhecidos da região, já que está ligado ao desporto, tendo já sido treinador das equipes de futsal do Macedo de Cavaleiros, Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e da equipa de futebol Alijoense. Enquanto homem ligado ao desporto participou também em vários programas de rádio sobre futebol.

Considerado um reformador na Igreja, proíbiu em todas as suas paróquias que se realizassem festas públicas durante a Quaresma, uma medida que não foi bem recebida mas que, seguramente, não justifica a violência desta noite.