O Papa Francisco, jesuíta, encontrou-se hoje durante cerca de uma hora com membros da Companhia de Jesus, no Colégio de São João de Brito, em Lisboa, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Inicialmente previsto para as 18:00, o encontro privado acabou por ser antecipado, pelo que o Papa chegou ao colégio pelas 16:50 e acabou por sair pelas 18:10.
Francisco deixou a Nunciatura Apostólica, onde está instalado, pelas 16:30. Antes, dirigiu-se às pessoas que se encontravam no local, abençoou bebés e distribuiu sorrisos, tendo-se ouvido gritos "viva o Papa".
Jorge Bergoglio, que era arcebispo de Buenos Aires (Argentina) quando foi escolhido líder da Igreja Católica, em 13 de março de 2013, é o primeiro Papa americano. É, também, o primeiro Papa jesuíta.
A Companhia de Jesus foi fundada no século XVI por S. Inácio de Loyola e uma dezena de outros sacerdotes, entre os quais São Francisco Xavier, que "se quiseram pôr à disposição do Papa para servir a Igreja".
Os jesuítas, padres e irmãos, assumem, na atualidade, todo o tipo de missões, no campo do ensino, da cultura, da ação social e do acompanhamento espiritual, segundo informação da JMJ Lisboa 2023.
Em Portugal, os jesuítas estão presentes "desde a sua fundação, tendo-se destacado pela sua presença no ensino, não só em cidades como Lisboa, Coimbra e Évora, mas também através de uma rede de colégios presente em todo o território", de acordo com a mesma fonte.
A Província Portuguesa da Companhia de Jesus conta atualmente com cerca de 130 membros, dos quais 95 padres, 20 irmãos e 15 jesuítas em formação
Três dias depois da eleição, num encontro com jornalistas, Francisco explicou que escolheu o nome de Francisco porque São Francisco de Assis era "um homem da pobreza e um homem da paz".
"Francisco é o nome da paz, e foi assim que esse nome entrou no meu coração", disse.
Segundo o Papa, durante a eleição, estava ao lado do então arcebispo brasileiro de São Paulo, Cláudio Hummes (1934-2022), "um grande amigo".
"Quando as coisas ficaram perigosas, ele reconfortou-me. Quando os votos atingiram os dois terços, ele abraçou-me, beijou-me e disse-me: `Não te esqueças dos pobres`", contou o Papa aos jornalistas.
"Imediatamente, em relação com os pobres, eu pensei em Francisco de Assis", declarou nessa ocasião, acrescentando que para si aquele santo é "um homem da pobreza, um homem da paz, um homem que amava e protegia a criação".