Passes sociais "o mais tardar a 1 de Maio", secretária de Estado

A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, afirmou hoje, no Porto, que o tarifário social para o Andante (bilhete do Metro do Porto) deverá entrar em vigor o mais tardar a 1 de Maio.

Agência LUSA /

A secretária de Estado referiu que o tarifário já foi aprovado pelo Ministério das Finanças, estando a sua entrada em vigor dependente apenas dos trâmites burocráticos indispensáveis.

"Gostaria que entrasse em vigor já a 1 de Abril, mas se tal não for possível, certamente que isso acontecerá a 1 de Maio", afirmou a secretária de Estado.

Ana Paula Vitorino referiu ainda que está "para breve" a conclusão do troço da Linha Amarela entre a estação Pólo Universitário e o Hospital de S. João.

A conclusão deste troço estava pendente da resolução dos problemas causados pela passagem do canal do Metro a 30 centímetros do portão principal da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP).

"Confirmei hoje que as obras de recuo do muro da ESEP já se iniciaram, de forma que a inauguração deste troço será efectuada apenas terminem os trabalhos", afirmou Ana Paula Vitorino.

A secretária de Estado falava à Lusa no final da sessão de encerramento do seminário sobre "Gestão de Transportes Colectivos Flexíveis", a que presidiu, no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

No seu discurso, Ana Paula Vitorino defendeu que os responsáveis pelo planeamento dos transportes não podem concentrar-se apenas nos movimentos pendulares nas grandes áreas metropolitanas durante as horas de ponta, devendo proporcionar "uma oferta de transportes integrada a todas as horas às populações das grandes cidades e também às das zonas rurais".

A secretária de Estado lembrou também que o país não está a cumprir as metas do protocolo de Kyoto, que visa a redução das emissões de gases poluentes: "O protocolo de Kyoto já não é uma fantasia, começa já em 2008 e nós não estamos a cumprir".

Frisou que o sector dos transportes contribui com 38 por cento para as emissões de gases poluentes de Portugal, dos quais mais de 90 por cento dizem respeito ao transporte individual.

A responsável defendeu ser necessário, não só a promoção de bons sistemas de transportes, mas também a criação de dificuldades ao transporte individual, de forma que as pessoas comecem de facto a fazer contas e a chegar à conclusão que é melhor deixar o carro em casa", afirmou.

A secretária de Estado admitiu que o aumento dos tarifários de estacionamento nas cidades e a criação de portagens no interior das cidades são alternativas em estudo para dificultar o acesso de carros particulares aos centros urbanos.

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