Patinha Antão alerta para erro na convocatória do Congresso que "deve ser corrigido"
Loulé, Faro, 11 Mai (Lusa) - O candidato à liderança do PSD, Patinha Antão, defende que o prazo mínimo de dez dias entre a eleição directa do presidente do PSD e a data do Congresso é uma regra estatutária que deve ser cumprida.
O prazo mínimo previsto nos estatutos do partido de dez dias entre a eleição directa do presidente do PSD e a data do Congresso não foi cumprido com o calendário que foi aprovado pelo Conselho Nacional: eleição directa no dia 31 de Maio e Congresso nos dias 6, 7 e 8 de Junho em Guimarães.
O Conselho Nacional do PSD reúne-se extraordinariamente segunda-feira em Lisboa para decidir se o Congresso do PSD se mantém a 6,7 e 8 de Junho ou é adiado duas semanas, para 20, 21 e 22.
"Reconhecemos que há um erro na convocatória [para o congresso] e é preciso corrigi-lo", disse hoje à Lusa fonte ligada à campanha da candidatura do deputado Patinha Antão, à margem de um almoço do candidato que reuniu cerca de 70 militantes em Loulé, Algarve.
"Não acreditamos que tenha havido intenção de violar os estatutos, mas há que dar a mão à palmatória", acrescentou a mesma fonte, referindo, no entanto, que a mesa do Conselho Nacional deve marcar a data do congresso para não muito longe dos dez dias de separação previstos nos estatutos do PSD.
"Não deve ser mais longe que os dez dias, pode ser 13 ou 14 dias, numa data que sirva a todos para que o congresso decorra com toda a normalidade", sustentou.
A campanha da candidatura de Patinha Antão adiantou que não foi invocada "nenhuma razão para não cumprir o prazo estatutário" e acredita as intenções de explicam com a vontade de pôr o "partido rapidamente nos eixos".
O candidato à liderança do PSD Mário Patinha Antão reuniu esta manhã com militantes em Albufeira e almoçou com cerca de 70 militantes e apoiantes em Loulé, no restaurante "Cavaco".
Depois de ter feito análise sobre o estado do país, o economista Patinha Antão vai a partir de segunda-feira revelar as metas económicas globais de crescimento para o país, porque um país a crescer "1,8 por cento não resolve problema nenhum", indicou fonte ligada à campanha.
No roteiro, o vice-presidente da bancada social-democrata prevê ainda deslocar-se a Beja esta tarde para se encontrar com militantes em Moura e para jantar com apoiantes à sua candidatura na Feira de Maio, Moura.
"Ideias que contam" é o lema da campanha do vice-presidente da bancada social-democrata, que apresentou a sua candidatura a 21 de Abril e que defendeu que a sua decisão era irreversível e com o objectivo de vencer as eleições internas e as legislativas de 2009.
Patinha Antão apontou como dois "pontos fortes" da sua candidatura "a irreversibilidade - vai até ao fim - e a independência - não depende de quaisquer outras candidaturas".
"Em nenhuma circunstância eu retirarei a minha candidatura", salientou, assegurando que terá mais do que as 1500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura seja qual for a data em que tiver de as apresentar.
Patinha Antão defendeu, por outro lado, que quem vencer as directas para a liderança do PSD deve liderar o partido "não apenas por dois anos, mas por um período que vai até 2017".
Além do deputado Mário Patinha Antão, já anunciaram que são candidatos nas eleições directas de 31 de Maio, a ex-ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, o antigo líder da JSD Pedro Passos Coelho e o economista António Neto da Silva.
Alberto João Jardim remeteu uma tomada de posição para depois da reunião da Comissão Política Regional de quinta-feira, dia 15 de Maio.
CCM.
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