Paulo Gonçalves, uma carreira no mundo do futebol

Paulo Gonçalves já tem uma história longa no futebol. Começou no FC Porto e esteve alguns anos no Boavista antes de se tornar num homem de confiança de Luís Filipe Viera. Está acusado de 79 crimes.

RTP /
Paulo Gonçalves, advogado de formação. Estudou direito na Universidade Católica do Porto.

É portuense, foi na Invicta que cresceu e se tornou próximo de Alexandre Pinto da Costa, filho do Presidente do Futebol Clube do Porto. Chegou ao clube portista em 1997, e esteve nesse ano diretamente envolvido na constituição da SAD.

Mas incompatibilidades surgiram, quando os amigos Alexandre Pinto da costa e José Veiga, empresário de jogadores de futebol, entram em conflito com Jorge Nuno Pinto da Costa.

Paulo Gonçalves ingressa então noutro clube da cidade do Porto, o Boavista, quando a SAD se começa a constituir. Foi diretor-geral do Boavista entre 2000 e 2006.

Estava lá na altura em que os axadrezados conquistaram o campeonato nacioal, em 2001.

Em 2004 surge o processo Apito Dourado, que envolve o clube em casos de corrupção desportiva. O Boavista é condenado a descer de divisão em 2008.
Mas, dois anos antes, já Paulo Gonçalves tinha deixado o clube.

Em 2007 torna-se assessor jurídico da SAD do Benfica. Deixa o norte, encaminhado por José Veiga, que na altura era diretor de futebol do clube da Luz.

Começa por tratar de processos formais como transferência e contratos de jogadores, mas a proximidade crescente com Luís Filipe Viera faz com que seja promovido. Passa a represntar o clube em reuniões na Liga e na Federção.

Paulo Gonçalves é apontado por muitos como o braço direito do Presidente do Benfica, o homem de confiança. Deixa de ser apenas o jurista que trata de transferência ou contratos.

O assessor jurídico da SAD do benfica está acusado de 79 crimes, incluindo corrupção de dois funcionários judiciais para ter acesso a informações sobre diversos processos.

O Ministério Público acredita agora na tese de «Acordo Conjunto» entre Paulo Gonçalves e Júlio Loureiro, funcionário judicial e observador de árbitros, José Silva, também funcionário judicial, agora em prisão preventiva.

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