PCP lamenta "crimes hediondos" e expressa solidariedade para com franceses

O Partido Comunista Português (PCP) descreveu hoje os atentados que Paris viveu, na noite de sexta-feira, como "crimes hediondos", e expressou solidariedade para com o povo francês.

Lusa /

"O PCP condena veementemente os atentados ocorridos em Paris, manifesta às vítimas e seus familiares a sua consternação e sentimentos de pesar, e expressa ao povo francês a solidariedade dos comunistas portugueses", diz uma nota dos comunistas, enviada às redações.

O terrorismo, lembra o partido, "serve sempre os interesses mais reacionários", e a resposta "passa necessariamente pelo combate às suas mais profundas causas - políticas, económicas e sociais - e pela defesa e afirmação dos valores da liberdade, da democracia, da soberania e independência dos Estados".

E prossegue o PCP: "Crimes hediondos - como aqueles que agora foram perpetrados em Paris ou como os que há poucos dias foram perpetrados em Beirute - colocam a premência de uma política de desanuviamento e de paz nas relações internacionais e do respeito do direito internacional, que ponha fim às ingerências e agressões contra Estados soberanos, nomeadamente na região do Médio Oriente".

Os comunistas sublinham ainda que a "recorrente imposição de acrescidas medidas atentatórias de direitos e liberdades fundamentais e o incremento da escalada de ingerência e de guerra" tem vindo a alimentar o "crescimento de forças racistas, xenófobas e fascistas e da sua ação de terror".

O grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje, em comunicado, os atentados de sexta-feira, em Paris, que causaram pelo menos 127 mortos, entre os quais um português, e 180 feridos.

Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo as mesmas fontes.

Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".

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