Peixes mortos em piscicultura abandonada junto à Ria Formosa

Centenas de peixes mortos apareceram hoje de manhã a boiar numa piscicultura abandonada junto à Ria Formosa, em Faro, suspeitando-se que a mortandade se deverá às marés mortas, disse fonte do Parque Natural da Ria Formosa (PNRF).

Agência LUSA /

"Com as marés mortas não há renovação de água como existe normalmente nas marés vivas" e essa é uma das possíveis causas para a mortandade de peixes registada esta manhã, adiantou à agência Lusa Isabel Pires, engenheira do PNRF.

Os peixes que apareceram mortos - principalmente tainhas - encontravam-se numa antiga piscicultura hoje abandonada que está separada da Ria Formosa por um muro e onde no Inverno cerca de cinco mil patos costumam viver e alimentar-se.

"A causa [da mortandade dos peixes] ainda não foi determinada, mas estão a ser feitas recolhas no local e a zona já está confinada", disse à Lusa o porta voz da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região (CCDR) do Algarve.

Quinta-feira serão conhecidos os resultados provisórios e dentro de dois dias os definitivos, adiantou a mesma fonte da CCDR, adiantado que as altas temperaturas registadas podem ser uma das causas possíveis.

A morte dos peixes está claramente relacionada com a falta de oxigénio na água que, por sua vez, deve estar relacionada com causas naturais físico-químicas ou com a falta de circulação de água no canal devido às marés mortas, adiantou à Lusa o biólogo marinho Nuno Grade.

A morte de peixes naquele local, contudo, "não é novidade, pois tem-se verificado o facto ao longo dos últimos anos", acrescentou o biólogo.

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