Piloto da Air Luxor sai hoje do hospital

por Agência LUSA

O piloto do avião da Air Luxor retido na Venezuela por suspeita de tráfico de droga, António Smith, deixa hoje a clínica privada do Estado de Vargas onde se encontra desde quarta-feira, na sequência de problemas pulmonares e cardíacos.

Segundo uma fonte contactada pela Agência Lusa, António Smith "foi monitorizado nas últimas 24 horas por equipamento especializado, que registou inicialmente uma tendência para a estabilidade, mais tarde um quadro clínico estável, progressivo no sentido de melhor saúde, desde a noite da última quinta-feira".

"Para a melhoria deve ter influenciado o facto de ter-lhe sido decretada liberdade", disse.

António Smith foi internado na última terça-feira, no Hospital Periférico de Pariata, Estado de Vargas na sequência de problemas pulmonares e cardíacos.

No dia seguinte foi transferido para uma clínica privada da localidade, pela falta de capacidade daquela unidade hospitalar em lhe proporcionar um tratamento médico adequado, nomeadamente falta de equipamento e falta de dinheiro para a aquisição de medicamentos.

Entretanto, segundo familiares dos tripulantes do avião da Air Luxor, o "problema nos pés" da recém libertada hospedeira, Raquel Neves, evoluiu favoravelmente.

Com "problemas na pele" continua o co-piloto, Luís Santos, que na última sexta-feira deixou o Retém Policial de Macuto (cadeia transitória onde os detidos podem permanecer até 10 dias), tendo sido transferido para o Internado Judicial de Los Teques (45 quilómetros a Norte de Caracas), uma cadeia de alta segurança destinada a pessoas processadas e cidadãos que aguardam julgamento.

Depois da transferência, Luís Santos, já foi visitado pelos advogados defensores e familiares dos tripulantes, que mantêm a esperança de que obtenha a liberdade entre segunda e terça-feira da próxima semana, na sequência de um recurso interposto por José Luís Sánchez na última terça-feira, sobre o qual o tribunal deverá pronunciar-se no prazo de cinco dias.

Se for ratificada a medida de privação da liberdade, os defensores confiam que no "julgamento oral", com início previsto para dentro de 12 dias, o juiz aceda a decretar "liberdade condicional".

Na passada quarta-feira o tribunal ordenou a libertação de dois dos três tripulantes detidos na Venezuela na sequência de uma operação que levou à apreensão de um carregamento de 286,4 quilos de cocaína num avião da empresa Masterjet (Grupo Air Luxor), António Smith (comandante) e Raquel Neves (hospedeira), mantendo em prisão Luís Santos (co-piloto).

No âmbito do mesmo processo continuam detidos, na Venezuela, outros três cidadãos portugueses (três passageiras) e seis venezuelanos.

FPG.

Lusa/Fim


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