Pires de Lima rejeita candidatura à liderança do CDS

por Mário Aleixo - RTP
António Pires de Lima não é candidato à liderança do CDS mas tem ideias para o país Antena 1

Pires de Lima não será candidato à liderança do CDS-PP. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o antigo ministro da Economia revelou que não avança e não sente obrigação de o fazer, mesmo que lhe peçam.

Pires de Lima rejeita a hipótese de avançar para a liderança do CDS-PP e quer ver à frente do partido uma personalidade moderada, com pensamento liberal, e rejeita qualquer tentativa de fazer do CDS um partido confessional.



O histórico centrista desafia Adolfo Mesquita Nunes a avançar com uma candidatura à liderança do CDS.



O gestor e antigo ministro da economia do Governo de Pedro Passos Coelho, não rejeita o nome de João Almeida mas adianta que o candidato a líder não tem necessariamente de ser um deputado.

Quanto aos resultados das legislativas do passado domingo, apesar do apreço pessoal, Pires de Lima responsabiliza Assunção Cristas pelo mau resultado.



Desta entrevista podem retirar-se mais nove ideias do carismático centrista.

Quanto a um eventual regresso de Paulo Portas, o antigo ministro adianta que todos têm saudades dele mas como amigo aconselha que talvez seja bom continuar focado na vida que escolheu, depois de sair da liderança.

Admite que o programa para as legislativas estava bem feito mas as ideias foram apresentadas muito tarde e acusa o CDS de, a partir das eleições autárquicas, ter entrado num modo de autossuficiência, afastando-se do PSD, sem criar alternativa política ao PS.

Nesta entrevista Pires de Lima recupera a ideia de "um partido sexy", adianta que é preciso fazer uma reflexão profunda, aprender com os erros e eleger quatro ou cinco bandeiras para o futuro.

O antigo ministro da Economia acredita que António Costa vai levar a legislatura até ao fim e por isso aconselha a direita a preparar-se desde já para ser alternativa política. PSD e CDS tem de conversar e criar pontes.

Por outro lado, Pires de Lima, considera que o CDS deve atrair o PS para as suas causas e eventualmente estabelecer acordos com o partido de governo.

Na construção de uma alternativa, Pires de Lima admite entendimentos do CDS com todos os partidos não socialistas, exceto com o Chega.

Quanto ao futuro do país, Pires de Lima lamenta que não haja mais ambição.

O gestor defende que é importante reduzir os impostos, diminuir a complexidade fiscal, aumentar a competitividade e os salários. O salário mínimo, segundo Pires de Lima, deve chegar aos 700 euros no final da legislatura.

Quanto a Marcelo Rebelo de Sousa, não tem duvidas que se não houver nenhum problema de saúde, que se vai recandidatar.

Esta entrevista de António Pires de Lima, Gestor, a Rosário Lira (Antena1) e Alexandra Machado (Jornal de Negócios) pode ser ouvida na íntegra a partir das 13h00 deste domingo na Antena 1.
pub