PJ abre investigação para averiguar morte de traficante de droga
A Polícia Judiciária de Faro anunciou hoje que vai investigar de que arma foi disparado o projéctil que matou um homem num tiroteio, em Albufeira, na terça-feira, durante uma operação de combate ao tráfico de droga.
Um jovem com 20 anos morreu terça-feira de madrugada num tiroteio entre a Polícia Judiciária (PJ) e um grupo de traficantes durante uma descarga de haxixe numa praia de Albufeira, e que culminou com a detenção de oito pessoas e a apreensão de cerca de duas toneladas de haxixe acondicionadas em aproximadamente 70 fardos e que correspondem a "cerca de quatro milhões de doses.
Segundo fonte da PJ, na operação, que decorreu por volta das 04:30 da madrugada de terça-feira na praia das Belharucas, foram detidas oito pessoas - seis homens e duas mulheres - com idades compreendidas entre os 21 e os 25 anos, lê-se num comunicado hoje divulgado.
Além do haxixe, a PJ apreendeu cinco viaturas, entre as quais uma carrinha que se encontrava no areal a receber a droga de pequenas embarcações e um revólver calibre 38, proibido a civis.
Os condutores das restantes quatro viaturas apreendidas circulavam na estrada acima da praia, ladeada por falésias, para vigiar o local, tendo um deles conseguido escapar e sido interceptado momentos depois à entrada de Faro.
Segundo o director da Judiciária de Faro, Guilhermino Encarnação, a polícia foi recebida no areal a tiro pelos traficantes, tendo um deles sido atingido e falecido no local 20 a 30 minutos após o tiroteio.
Quando o INEM chegou ao local o homem já estava morto, adiantou, acrescentando que será instaurado um processo interno para averiguar de que arma foi disparada a bala.
Aguardam-se também os resultados da autópsia.
O director da PJ de Faro disse também que as viaturas da polícia estavam devidamente identificadas e que tinham os "pirilampos" ligados.
Acrescenta que, das cerca de 20 pessoas que estariam na praia, 12 terão conseguido escapar, sendo agora procuradas pela PJ.
A carrinha envolvida na descarga da droga, cuja origem seria o Norte de África mas cujo destino se desconhece, tinha sido furtada em Lisboa.
Os detidos são de nacionalidade portuguesa, quase todos têm antecedentes criminais (ligados a tráfico de droga, roubos, furtos e falsificação de viaturas), são residentes no Algarve e em Lisboa e serão presentes ao Tribunal de Tavira na quarta-feira.
A investigação, que prossegue nos próximos dias, remonta a Junho de 2005, concluiu a PJ.