Plano de drenagem prevê sete reservatórios e uma bacia de retenção

Lisboa, 14 Mar (Lusa) - O Plano de Drenagem de Lisboa prevê a construção de sete reservatórios e uma bacia de retenção a céu aberto no sopé de Monsanto como soluções para evitar inundações na capital.

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O plano, o primeiro em 40 anos, foi concebido por uma equipa do consórcio Chiron/Engidro/Hidra e será discutido na próxima reunião do executivo municipal lisboeta.

No estudo, a que a Lusa teve acesso, é proposta a construção de uma bacia de retenção a céu aberto junto ao Instituto Superior de Ciências Socais e Políticas, no sopé de Monsanto.

Esta obra, com um custo de cerca de 100 mil euros, está prevista para o sistema hidráulico de Alcântara, o maior da cidade, e destina-se a amortecer os caudais.

O plano sugere que a bacia de retenção tenha um volume na ordem dos 1200 metros cúbicos, "o que permitirá reduzir em 50 por cento o caudal pluvial que precipita em Monsanto e que é actualmente drenado para o colector da Rua Eduardo Bairrada".

A construção de dois reservatórios enterrados, o de Campolide-Benfica, situado nas imediações do Bairro da Liberdade, e o das Avenidas Novas, na zona de Campolide, é igualmente apontado no plano.

O reservatório de Benfica-Campolide ficará, em parte, implantado sob a via de acesso, a Avenida General Correia Barreto, nomeadamente sob a rotunda final desta rua e a superfície do terreno poderá vir a ser ocupada sob uma zona ajardinada, sugere o estudo.

Esta infra-estrutura, com um volume total de 38.100 metros cúbicos, tem um custo estimado de cerca de seis milhões de euros.

O reservatório das Avenidas Nova foi pensado para os terrenos da EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa), junto ao início da Rua de Campolide, nas traseiras das Twin Towers.

Com um volume total de 13.400 metros cúbicos, os encargos previstos para esta infra-estrutura ascendem a cerca de três milhões de euros.

Ainda para o sistema de Alcântara, o plano sugere a construção de um reservatório enterrado no Intendente, com um custo de nove milhões de euros.

O Largo do Intendente é o único local "viável" para construir este reservatório, "dada a elevada taxa de urbanização", sustenta o plano.

Este reservatório é defendido em alternativa à construção de um túnel entre o Martim Moniz e Santa Apolónia, uma obra de 13 milhões de euros também contemplada no plano.

Para o chamado sistema de Chelas, o estudo aponta a construção de um reservatório nas Olaias e outro na Cidade Universitária.

O reservatório das Olaias, com um custo estimado em 6,7 milhões de euros, deverá localizar-se numa zona de vale, entre a estrada de Chelas e Olaias, num espaço que se encontra desocupado, delimitado a nascente pelo Arquivo Geral do Exército e a poente pela linha ferroviária.

A construção do reservatório da Cidade Universitária, orçado em 3,4 milhões de euros, é proposta sob a zona oriental da alameda da Cidade Universitária, um relvado compatível com a instalação de um reservatório enterrado.

Para o sistema de Beirolas, é sugerida a construção de dois reservatórios, no Vale Fundão e na Avenida de Berlim.

O reservatório do Vale Fundão, com um custo estimado de 6,2 milhões de euros, deverá localizar-se numa zona actualmente ocupada por hortas, delimitada pela Avenida Infante D. Henrique.

O reservatório da Avenida de Berlim, orçado em 4,3 milhões de euros, ficará sob o cruzamento da Avenida de Berlim com a Avenida Infante D. Henrique.

ACL.

Lusa/Fim.

Na maior bacia hidráulica da cidade


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