Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade quer duplicar residentes

O Plano de Urbanização da Avenida de Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE) pretende duplicar a população residente naquela área lisboeta, que é actualmente de 7.500 pessoas, anunciou hoje o arquitecto responsável pelo plano.

Agência LUSA /

"A intenção é duplicar a população", afirmou o arquitecto Manuel Fernandes de Sá, durante a inauguração da exposição sobre o PUALZE, que estará patente no Teatro Variedades, no Parque Mayer, até dia 21 de Outubro.

Fernandes de Sá, responsável pelo primeiro plano para a zona, em 1991, que nunca foi concretizado, sublinhou que "não é só o plano que vai promover a fixação da população".

"Tem de haver uma politica de incentivos à habitação, a qualificação dos espaços públicos e equipamentos de apoio local", afirmou.

Segundo o arquitecto, vivem hoje naquela zona 7.500 pessoas, "uma população muito envelhecida", apesar de existirem "sintomas de revitalização na zona por detrás do Coliseu".

O plano abrange uma área de 100 hectares, das freguesias de S.

José, São Mamede e Coração de Jesus.

O estacionamento à superfície deixará de ser possível na Avenida da Liberdade, de acordo com o plano, que propõe a criação de três parques de estacionamento subterrâneos nos cruzamentos da avenida com as ruas Alexandre Herculano, Barata Salgueiro e Manuel de Jesus Coelho.

O trânsito será condicionado nas vias laterais à Avenida da Liberdade, que serão reduzidas a uma faixa de rodagem, sendo permitida a passagem apenas a moradores, transportes públicos ou veículos de emergência, adiantou Fernandes de Sá.

Os passeios serão alargados, passando a ter entre sete e oito metros de largura.

"Haverá quase uma continuidade física entre os jardins centrais e os passeios", sustentou o arquitecto.

Segundo Fernandes de Sá, "o plano encoraja a instalação de mais hotelaria" na Avenida da Liberdade.

Além dos parques subterrâneos na Avenida da Liberdade, que terão entre 220 e 260 lugares, devem ser construídos parques de apoio a residentes em locais como o Largo da Oliveirinha, com 150 lugares, ou o Mercado do Rato, com 650 lugares.

Fernandes de Sá escusou-se a especificar quais os equipamentos a construir no âmbito do plano, sublinhando que "o que interessa é reservar o terreno" para o fazer.

Os terrenos reservados para a construção de equipamentos situam-se na Rua do Passadiço, no Largo da Oliverinha e no Mercado do Rato.

O PULZE encontra-se em fase de consulta técnica na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR- LVT), seguindo-se o período de consulta pública.

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