País
Planta parasita selecciona as presas pelo cheiro
Uma planta herbácea parasita muito abundant e em Portugal, a cuscuta, vulgarmente conhecida por linho-de-cuco e enleios, escolhe as suas presas pelo cheiro, segundo um estudo hoje publicado pela revista científica Science.
Esta erva ataca tomates, cenouras, cebolas, citrinos, alfafa e até flores, sendo um problema para os agricultores porque os pesticidas usados para a matar danificam as plantas que parasita.
É por isso que a descoberta de como encontra as presas pode ajudar a encontrar um meio de a bloquear ou de defender as próprias culturas, afirmam investigadores da Universidade do Estado da Pensilvânia (EUA).
Para os botânicos, sempre foi misteriosa a forma como a cuscuta encontra as hospedeiras, com muitos deles a pensar que cresce ao acaso e encontra as presas por sorte.
Neste estudo, uma equipa de investigadores dirigida por Consuelo M. de Moraes descobriu que plantar tomateiros perto de uma cuscuta em fase de germinação faz com que a erva se dirija para o tomateiro 80 por cento das vezes.
Além disso, ao colocarem fragrâncias de tomateiro numa borracha, 73 por cento das ervas em crescimento dirigiram-se para ela.
"Outra descoberta interessante foi que as plantas fazem escolhas", afirmou Mark C. Mescher, também envolvido no estudo.
Quando os investigadores deram a uma cuscuta em germinação a escolha entre um tomateiro e uma planta do trigo, ela preferiu a primeira.
Porém, segundo Mescher, a erva infecta o trigo se não tiver outra opção. Segundo os investigadores, um dos químicos voláteis libertados pelo trigo repele a erva, o que a leva a escolher o tomateiro se tiver essa opção.
É por isso que descobrir um composto que tenda a ser repelente poderá permitir tratar as culturas para resistirem à cuscuta ou, através de engenharia, fazer com que estas produzam o composto, disse Mescher.
Não é ainda claro de que forma as ervas sentem os químicos libertados pelas suas potenciais presas. Quando estão em crescimento, estas ervas tendem a rodar em várias direcções, sentindo de alguma forma a direcção onde os químicos são mais fortes e crescendo então nessa direcção, afirmou Mescher.
A cuscuta, da família das Convolvoláceas, quase não tem clorofila, não tem raízes e não se alimenta a si própria, pelo que morre poucos dias depois de germinar se não encontrar uma planta hospedeira.
Quando escolhe a vítima, envolve-a e suga-lhe a seiva através de uma espécie de gavinhas.
É por isso que a descoberta de como encontra as presas pode ajudar a encontrar um meio de a bloquear ou de defender as próprias culturas, afirmam investigadores da Universidade do Estado da Pensilvânia (EUA).
Para os botânicos, sempre foi misteriosa a forma como a cuscuta encontra as hospedeiras, com muitos deles a pensar que cresce ao acaso e encontra as presas por sorte.
Neste estudo, uma equipa de investigadores dirigida por Consuelo M. de Moraes descobriu que plantar tomateiros perto de uma cuscuta em fase de germinação faz com que a erva se dirija para o tomateiro 80 por cento das vezes.
Além disso, ao colocarem fragrâncias de tomateiro numa borracha, 73 por cento das ervas em crescimento dirigiram-se para ela.
"Outra descoberta interessante foi que as plantas fazem escolhas", afirmou Mark C. Mescher, também envolvido no estudo.
Quando os investigadores deram a uma cuscuta em germinação a escolha entre um tomateiro e uma planta do trigo, ela preferiu a primeira.
Porém, segundo Mescher, a erva infecta o trigo se não tiver outra opção. Segundo os investigadores, um dos químicos voláteis libertados pelo trigo repele a erva, o que a leva a escolher o tomateiro se tiver essa opção.
É por isso que descobrir um composto que tenda a ser repelente poderá permitir tratar as culturas para resistirem à cuscuta ou, através de engenharia, fazer com que estas produzam o composto, disse Mescher.
Não é ainda claro de que forma as ervas sentem os químicos libertados pelas suas potenciais presas. Quando estão em crescimento, estas ervas tendem a rodar em várias direcções, sentindo de alguma forma a direcção onde os químicos são mais fortes e crescendo então nessa direcção, afirmou Mescher.
A cuscuta, da família das Convolvoláceas, quase não tem clorofila, não tem raízes e não se alimenta a si própria, pelo que morre poucos dias depois de germinar se não encontrar uma planta hospedeira.
Quando escolhe a vítima, envolve-a e suga-lhe a seiva através de uma espécie de gavinhas.