País
Polícia acusado de matar Odair Moniz começa a ser julgado
Começou esta quarta-feira, no Tribunal Central Criminal de Sintra, o julgamento do agente da Polícia de Segurança Pública acusado de ter matado a tiro Odair Moniz, a 21 de outubro de 2024, na Cova da Moura, Amadora. Outros dois agentes estão acusados de falsos testemunhos.
Segundo a acusação do Ministério Público, o cidadão cabo-verdiano Odair Moniz, então com 43 anos e morador do Bairro do Zambujal, na Amadora, foi atingido com dois tiros: o primeiro, no tórax, foi disparado a uma distância de 20 a 50 centímetros e o segundo, que atingiu a virilha, entre 75 centímetros e um metro.
O incidente ocorreu, segundo o despacho de 29 de janeiro de 2025, após Odair Moniz ter tentado fugir a agentes da PSP e resistido à detenção. Não se verificou, todavia, a existência de ameaça com recurso a uma arma branca por parte Odair Moniz ao agente em questão. Rita Soares - Antena 1O agente no banco dos réus, com 28 anos de idade, incorre numa pena de oito a 16 anos de prisão. A morte de Odair Moniz, há um ano, gerou uma vaga de protestos em bairros da periferia de Lisboa.
Além de possíveis declarações por parte do arguido, estão previstos para o primeiro dia do julgamento os depoimentos de cinco testemunhas. No passado sábado, um grupo de ativistas, apoiado por moradores do Zambujal, apresentaram um mural destinado a homenagear Odair Moniz – a obra inclui mais três jovens já falecidos do mesmo bairro.
“Era uma pessoa muito querida, não só na nossa comunidade, mas em várias comunidades”, afirmou José Carlos, um dos promotores da iniciativa, citado pela agência Lusa.
O ativista do coletivo Vida Justa quis ainda enfatizar que, no Bairro do Zambujal, “as intervenções policiais são realizadas de um modo distinto e é um bocado mais agressivo e realmente isso também é um fator que incomoda”.
“Aproveitamos a homenagem, para homenagear outros jovens que o bairro perdeu e isto também é uma forma de mostrar que os bairros não são só a imagem de violência que os media passam”, acrescentou.
Os ativistas distribuíram também um livro, com o título “Manual de Sobrevivência a Intervenções Policiais”, que elenca os direitos dos cidadãos e o que se deve esperar do comportamento dos agentes.
c/ Lusa
O incidente ocorreu, segundo o despacho de 29 de janeiro de 2025, após Odair Moniz ter tentado fugir a agentes da PSP e resistido à detenção. Não se verificou, todavia, a existência de ameaça com recurso a uma arma branca por parte Odair Moniz ao agente em questão. Rita Soares - Antena 1O agente no banco dos réus, com 28 anos de idade, incorre numa pena de oito a 16 anos de prisão. A morte de Odair Moniz, há um ano, gerou uma vaga de protestos em bairros da periferia de Lisboa.
Além de possíveis declarações por parte do arguido, estão previstos para o primeiro dia do julgamento os depoimentos de cinco testemunhas. No passado sábado, um grupo de ativistas, apoiado por moradores do Zambujal, apresentaram um mural destinado a homenagear Odair Moniz – a obra inclui mais três jovens já falecidos do mesmo bairro.
“Era uma pessoa muito querida, não só na nossa comunidade, mas em várias comunidades”, afirmou José Carlos, um dos promotores da iniciativa, citado pela agência Lusa.
O ativista do coletivo Vida Justa quis ainda enfatizar que, no Bairro do Zambujal, “as intervenções policiais são realizadas de um modo distinto e é um bocado mais agressivo e realmente isso também é um fator que incomoda”.
“Aproveitamos a homenagem, para homenagear outros jovens que o bairro perdeu e isto também é uma forma de mostrar que os bairros não são só a imagem de violência que os media passam”, acrescentou.
Os ativistas distribuíram também um livro, com o título “Manual de Sobrevivência a Intervenções Policiais”, que elenca os direitos dos cidadãos e o que se deve esperar do comportamento dos agentes.
c/ Lusa