Polícia Judiciária admite que se tratou de crime passional

Alvaiázere, Leiria, 05 Mar (Lusa) -- A morte de uma mulher, hoje de manhã, no lugar de Cabeças, concelho de Alvaiázere, terá sido um crime passional, admitiu à agência Lusa fonte da Directoria de Coimbra da Polícia Judiciária (PJ), que está a investigar o homicídio.

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A mesma fonte esclareceu que "a vítima tem cerca de 50 anos e é natural de Alvaiázere", não acrescentando qualquer informação sobre a sua residência.

Quanto ao suspeito, "estão a ser feitas ainda diligências", declarou fonte da Judiciária, escusando-se a esclarecer qual o tipo de relacionamento entre ele e a vítima.

A mulher foi encontrada hoje de manhã cerca das 09:30, no interior de uma viatura.

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere, Bruno Sousa, explicou que a corporação foi chamada à localidade na sequência de um alerta "para o despiste de uma viatura ligeira, com uma vítima inconsciente e encarcerada", uma mulher com "idade entre os 40 e 50 anos".

O responsável esclareceu que, assim que chegaram ao local, os bombeiros "encontram a vítima, já cadáver, com uma infinidade de perfurações ao nível da face, pescoço e tórax", presumivelmente efectuadas com uma arma branca.

À agência Lusa, uma testemunha que tentou socorrer a vítima afirmou que chegou a ser ameaçada pelo agressor.

"Agarrei-o pelo braço, pedindo para que parasse de esfaquear", contou Delfina Lopes, de 61 anos, lamentando não ter feito mais pela vítima.

"Ele virou-se, com a navalha, e disse-me: `Ela é minha mulher. Solte-me que senão mato-a`", relatou Delfina Lopes, adiantando que de seguida foi pela rua chamar uma prima para que pedisse ajuda.

A moradora explicou que se apercebeu de uma viatura a parar na entrada de sua casa.

"Pensei que fosse o carteiro e fui à janela. Depois vi outra viatura, onde vinha o homem", contou.

Quando saiu de casa, a idosa viu que "o homem estava ajoelhado em cima da mulher e esta já deitada do lado do ocupante, a ser esfaqueada".

"Fui pedir ajuda e quando cheguei ela já estava morta ", lamentou a mulher, acrescentando que o agressor também já se tinha colocado em fuga.

SYR.

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