País
Polícia Judiciária detém 15 suspeitos de corrupção desportiva
A Polícia Judiciária deteve no sábado 15 pessoas suspeitas de corrupção desportiva. A investigação está a realizar-se no âmbito da Operação "Jogo Duplo", que decorre de norte a sul do país, por alegada combinação de resultados desportivos para apostas.
No total estão envolvidas 15 pessoas. Os atletas detidos para interrogatório são André Almeida, Diego, Rafael Veloso e João Pedro. Os jogadores do Clube Oriental de Lisboa foram detidos após o final do jogo contra o Atlético, realizado este sábado, no Estádio da Tapadinha, em Lisboa.
A operação da Polícia Judiciária está a decorrer em todo o país por suspeitas de corrupção desportiva e por alegada combinação de resultados desportivos para apostas e benefício de clubes que corriam o risco de descer de escalão.
Além dos jogadores do Oriental, a RTP apurou que também foram detidos jogadores de outros clubes e dirigentes, nomeadamente, o presidente do Leixões, Carlos Oliveira, bem como o secretário técnico do clube e ainda vários jogadores da União Desportiva Oliveirense.
Alegados intermediários na Malásia
De acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral da República, no processo investigam-se factos susceptíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e ativa na atividade desportiva, “nele figurando como suspeitos dirigentes e jogadores de futebol, bem como outras pessoas com ligações ao negócio das apostas desportivas”.
Em causa estão ainda "suspeitas de manipulação de resultados de jogos da II Liga de Futebol, com recurso ao aliciamento de jogadores", pode ler-se na mesma nota da Procuradoria-Geral da República.
A RTP sabe que o esquema tem fortes ligações à Malásia. A investigação acredita que neste país do sudeste asiático estão os intermediários, empresários que fazem entrar em Portugal milhares de euros para distribuir pelos atletas.
Ao todo, estiveram envolvidos 70 elementos da PJ que efetuaram cerca de 30 buscas. Os detidos deverão ser presentes, na segunda-feira, ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre.
Numa informação publicada na página do facebook, o Clube Oriental de Lisboa já veio confirmar a informação de que a Polícia Judiciária levou os jogadores para seram ouvidos.
"Quem não deve, não teme"
"O Presidente do Oriental, José Fernando Nabais, falou com o Comissário-Chefe da PJ que não adiantou o motivo de tal operação, ficando a certeza que Direção do Oriental prestará todo o apoio aos seus atletas uma vez que quem não deve, não teme", pode ler-se na mesma página do clube.
O presidente do Oriental disse à Antena 1 que o clube foi apanhado de surpresa.
No âmbito da operação "Jogo Duplo", o atual representante máximo do Centro Internacional para a Segurança no Desporto defende uma reforma de fundo no futebol português.
Emanuel Medeiros diz que tem de haver uma estratégia concertada entre governos, reguladores e dirigentes desportivos.
António Tadeia considera que a menor visibilidade de alguns campeonatos potencia ilegalidades.
O comentador da RTP diz que os circuitos de apostas tornam mais permeáveis as Ligas que não têm expressão mediática.
A operação da Polícia Judiciária está a decorrer em todo o país por suspeitas de corrupção desportiva e por alegada combinação de resultados desportivos para apostas e benefício de clubes que corriam o risco de descer de escalão.
Além dos jogadores do Oriental, a RTP apurou que também foram detidos jogadores de outros clubes e dirigentes, nomeadamente, o presidente do Leixões, Carlos Oliveira, bem como o secretário técnico do clube e ainda vários jogadores da União Desportiva Oliveirense.
Alegados intermediários na Malásia
De acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral da República, no processo investigam-se factos susceptíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e ativa na atividade desportiva, “nele figurando como suspeitos dirigentes e jogadores de futebol, bem como outras pessoas com ligações ao negócio das apostas desportivas”.
Em causa estão ainda "suspeitas de manipulação de resultados de jogos da II Liga de Futebol, com recurso ao aliciamento de jogadores", pode ler-se na mesma nota da Procuradoria-Geral da República.
A RTP sabe que o esquema tem fortes ligações à Malásia. A investigação acredita que neste país do sudeste asiático estão os intermediários, empresários que fazem entrar em Portugal milhares de euros para distribuir pelos atletas.
Ao todo, estiveram envolvidos 70 elementos da PJ que efetuaram cerca de 30 buscas. Os detidos deverão ser presentes, na segunda-feira, ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre.
Numa informação publicada na página do facebook, o Clube Oriental de Lisboa já veio confirmar a informação de que a Polícia Judiciária levou os jogadores para seram ouvidos.
"Quem não deve, não teme"
"O Presidente do Oriental, José Fernando Nabais, falou com o Comissário-Chefe da PJ que não adiantou o motivo de tal operação, ficando a certeza que Direção do Oriental prestará todo o apoio aos seus atletas uma vez que quem não deve, não teme", pode ler-se na mesma página do clube.
O presidente do Oriental disse à Antena 1 que o clube foi apanhado de surpresa.
No âmbito da operação "Jogo Duplo", o atual representante máximo do Centro Internacional para a Segurança no Desporto defende uma reforma de fundo no futebol português.
Emanuel Medeiros diz que tem de haver uma estratégia concertada entre governos, reguladores e dirigentes desportivos.
António Tadeia considera que a menor visibilidade de alguns campeonatos potencia ilegalidades.
O comentador da RTP diz que os circuitos de apostas tornam mais permeáveis as Ligas que não têm expressão mediática.
