Portugal dá luz verde à possibilidade do transbordo de armas químicas sírias

O MNE confirma a notícia avançada pela Antena 1. Os EUA é que vão tomar a decisão final. O objetivo é passar as armas de um barco dinamarquês para um navio norte americano e depois destruir as armas em alto mar. O Governo português autoriza a operação nos Açores.

Natália Carvalho/ Antena 1 /

Equipamento de hidrólise, para neutralização de resíduos químicos, a bordo do navia norte-americano Cape Ray, que vai recebê-los. Foto de Larry Downing, Reuters

A operação, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU, comporta riscos. Pela parte das autoridades portuguesas está autorizada, como investigou a repórter Natália Carvalho. A Antena 1 sabe ainda que os norte americanos têm como alternativa ao porto da Ilha Terceira, o porto italiano da Sardenha. O material começou a sair da Síria em 07 de janeiro, no âmbito de um acordo sobre o desmantelamento do arsenal de armas químicas do regime de Damasco.

Este pedido dos Estados Unidos decorre no quadro da resolução 2118, adotada por unanimidade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e com a aprovação da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), refere uma nota divulgada, esta tarde, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Deste modo, segundo as informações apuradas pela Antena 1, o Governo português está disponível para colaborar na missão de remoção, transporte e destruição de armas químicas sírias. O objetivo é passar as armas de um barco dinamarquês para um navio norte americano e depois destruir as armas em alto mar. A operação, aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU, comporta riscos, principalmente ambientais.

Neste tipo de operações, os navios envolvidos na neutralização do arsenal químico sírio contam com dois reatores de hidrólise e tanques para abrigar os gases neutralizados. As autoridades internacionais esperam que as operações do género terminem em meados deste ano.

O Governo português avaliou todos os factores de ordem técnica, ambiental e de segurança mas a decisão final ainda não está tomada porque - ao que a Antena 1 apurou  - os norte americanos têm ainda uma alternativa ao porto açoriano que é o porto da Sardenha, já que os italianos também se mostraram disponíveis para colaborar. No entanto, os EUA é que vão tomar a decisão final.

(Com Maria de São José e Marcos Celso)
PUB