A manobra de escrita com o fumo dos motores foi realizada pelos sete aviões Embraer T27 "Tucano" da brasileira "Esquadrilha da Fumaça" e arrancou aplausos entusiásticos de centenas de pessoas.

A exibição, acompanhada pelos comentários enérgicos do capitão Emerson e animada pelos sons alegres da música brasileira, começou com uma passagem de reconhecimento para "identificar obstáculos e pontos de referência" que ajudam os pilotos a executar as habilidades.

Na sua 2.887 exibição, a "Esquadrilha da Fumaça" fez diversos tipos de figuras com os sete aviões, cuja distância entre as asas era, por vezes, de apenas dois metros.

Os cruzamentos, duplos, triplos e mesmo entre as sete aeronaves, foram alguns dos momentos mais emocionantes desta apresentação por se tratar de uma manobra arriscada e que exige grande perícia dos pilotos.

Os voos "de cabeça para baixo" foram outra das manobras mais apreciadas desta "Esquadrilha" que detém o recorde mundial de voo invertido com onze aeronaves.

Portugal teve mesmo direito a uma manobra exclusiva, com a "Esquadrilha" a executar uma formação "em espelho" composta por três aviões em posição normal e outros três a voarem mesmo por cima destes, mas voltados ao contrário.

Depois de muitas piruetas, parafusos e "loopings", os brasileiros despediram-se com um coração desenhado no céu, numa manobra "dedicada a todos os que amam a vida", como relatou o capitão Emerson.

O coração foi também a forma escolhida pela patrulha acrobática das "Asas de Portugal" para dizer adeus à praia do Tamariz.

Os "embaixadores do céu lusitano" que fizeram a apresentação portuguesa ao comando de dois Alpha Jet executaram igualmente coreografias muito aplaudidas pelo público.

A multidão retribuiu o espectáculo com acenos e toalhas erguidas numa despedida colorida aos pilotos.

O festival, organizado pela Força Aérea contou ainda com a exibição de dois helicópteros Alouette III dos "Rotores de Portugal".