Portugal é o 26º país mais sustentável do mundo

por Antena 1

Portugal surge no grupo dos 30 países mais sustentáveis do mundo. Ocupa o 26.º lugar, numa lista de 162 países avaliados por cientistas independentes, num relatório para as Nações Unidas.

Os especialistas destacam, por exemplo, a aposta portuguesa nas energias renováveis.

Este é o primeiro relatório que avalia a execução dos objetivos de desenvolvimento sustentável definidos pelas Nações Unidas até ao ano 2030.

Portugal obtém uma pontuação de 76,4 num máximo de 100.

O relatório avalia o desempenho de 162 países nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável adotados na Agenda 2030.

Nesses 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, Portugal está a cumprir da melhor forma o capítulo de energias renováveis e acessíveis.

Este capítulo foi medido através da percentagem da população com acesso a eletricidade, com acesso a combustíveis limpos e tecnologia para cozinhar, quantidade de dióxido de carbono lançado pela queima de combustíveis ou eletricidade e a percentagem de energia renovável utilizada no consumo de energia.

Os dados agora conhecidos são ainda favoráveis - apesar de existirem alguns obstáculos -, na saúde de qualidade, trabalho digno e crescimento económicoe cidades e comunidades sustentáveis.

Diz o relatório feito para as Nações Unidas que Portugal continua com consideráveis desafios na erradicação da fome e nos objetivos 12, 13 e 14: produção e consumo sustentáveis, ação climática e proteção da vida marinha, respetivamente.

Como ponto negativo, tal como acontece na maioria dos países, o objetivo 13, da ação climática, que consiste em adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas nas políticas, estratégias e planeamentos nacionais.
Os países com desenvolvimento mais sustentável
No topo dos 10 países com desenvolvimento mais sustentável estão membros da União Europeia.

Em primeiro a Dinamarca, com 85,2 pontos, logo seguida pela Suécia, Finlândia, França e Áustria. No Top 10 estão também a Alemanha, República Checa, Noruega, Holanda e Estónia.

Intitulado "O Futuro é agora: Ciência para atingir desenvolvimento sustentável", o documento de 480 páginas vai ser lançado oficialmente no fórum político de alto nível para o desenvolvimento sustentável da ONU (SDG Summit), que se realiza em 24 e 25 de setembro em Nova Iorque.
É preciso fazer mais
No documento agora conhecido, os cientistas alertam que o progresso feito nos últimos 20 anos está em risco de se reverter devido a desigualdades sociais e declínios "potencialmente irreversíveis" no ambiente.

Conclui ainda que as mudanças e o desenvolvimento sustentável do mundo são demasiado lentos e não vão garantir o cumprimento dos ODS até 2030.

A ONU considera que os países em desenvolvimento precisam de crescer de forma mais rápida, mas que crescer sem preocupação pelos impactos ambientais ("crescer primeiro e limpar mais tarde") não é uma opção.

Já os países desenvolvidos necessitam de alterar as dinâmicas de produção e consumo, com limitação de combustíveis fósseis e plástico e com incentivos ao investimento público e privado alinhado com objetivos de desenvolvimento sustentável.

A ciência e a política devem assumir os papéis mais relevantes para a transformação de quatro áreas mais importantes da relação humana com a natureza, que atualmente estão em "disfunção": o uso de recursos naturais, o sistema alimentar, a produção e o consumo, e a sustentabilidade das cidades, que em 2050 serão habitadas por dois terços da população.

A formação, educação e consciencialização humana formam outro dos temas que os especialistas aconselham para o desenvolvimento sustentável.

C/ Lusa
pub