Portugal usa dois tipos de medição de sismos
Portugal utiliza dois tipos de medição para sismos, a escala de Mercalli, para aferir os efeitos em pessoas e construções, e a medição de Richter, que mede a energia libertada na zona onde o abalo se inicia.
Hoje de manhã, um sismo de grau 6 na medição de Richter foi sentido em Portugal Continental, sem notícia de vítimas ou estragos.
O abalo registou-se às 10:36, com epicentro a 160 quilómetros para sudo este do cabo de S. Vicente, Algarve, e foi pelo sentido pelo menos nos distritos de Santarém, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja, Évora e Faro.
O grande tremor de terra que no dia 26 de Dezembro de 2004 se deu ao la rgo da ilha de Samatra, Indonésia, provocando tsunamis que atingiram vários país es do sudeste asiático, teve uma magnitude de 9.0 em Richter.
Nos Açores, o último grande sismo registado, em Julho de 1998, atingiu 6.1 em Richter a cerca de 15 quilómetros a noroeste da cidade da Horta.
Richter é, de acordo com especialistas, uma forma de medição da energia libertada na zona do abalo.
Para perceber a amplitude dos estragos provocados por um sismo é usada a escala de Mercalli, que vai de I (nível imperceptível) a XII (danos quase tota is).
No nível IV na escala de Mercalli, considerado "moderado", "os objectos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veícul os pesados. Janelas, portas e loiças tremem".
No último nível, os efeitos são "grandes massas rochosas deslocadas, co nformação topográfica distorcida e objectos atirados ao ar".
Apesar de geralmente ser usado o termo escala para designar Richter, al guns especialistas consideram não ser técnica e cientificamente correcto, dado q ue uma escala é algo com princípio, meio e fim e em Richter não há valores mínim os nem máximos.
O máximo observado até hoje foi 9.4, em 1960, no Chile.
As autoridades portuguesas chegaram já a ponderar substituir a escala d e Mercalli por outra, a escala Europeia, que serve para avaliar os danos dos sis mos e que especialistas consideram ser mais adaptada às construções de hoje em d ia.
A escala Europeia dá mais ferramentas para avaliação de danos e é mais rigorosa, sobretudo a partir dos graus V e VI.