Presidenciais. Secretário de Estado das Comunidades considera que já não há tempo para pôr em prática voto eletrónico

por RTP

O novo secretário de Estado das Comunidades, Emídio de Sousa, considera que já não há tempo útil para pôr em prática nas eleições presidenciais o projeto piloto do voto eletrónico para os portugueses residentes no estrangeiro e, no futuro, admite manter o voto presencial para as eleições, mesmo que o voto eletrónico venha a ser adotado.

O projeto piloto para o voto eletrónico, uma reivindicação antiga do Conselho das Comunidades Portuguesas que já obteve aprovação na Assembleia da República, não deverá avançar para já.

Em entrevista ao programa Decisão Nacional, da RTP Internacional, o secretário de Estado das Comunidades diz que “será muito difícil” colocar em prática essa experiencia para as eleições presidenciais. 
 
Emídio de Sousa confessa-se um “adepto incondicional do voto presencial” mas admite que o futuro passe pelo voto eletrónico. 
Ainda assim defende a continuidade do voto presencial a par do voto eletrónico, fazendo assim cair o voto por correspondência.
A propósito de uma petição apresentada por centenas de portugueses residentes no estrangeiro, repudiando o facto de José Cesário não ter sido opção do governo para continuar como secretário de Estado das Comunidades no novo governo, Emídio de Sousa admite que até ele ficou surpreendido pelo facto de não ter sido o anterior secretário de Estado a opção para o novo Executivo de Luís Montenegro. 

Fala de José Cesário como um amigo, alguém com quem tem um diálogo frequente. Sobre o facto de ter como deputados na Assembleia da República dois antigos secretário de Estado das Comunidades, José Cesário e Carlos Gonçalves, o secretário de Estado promete também diálogo construtivo. 
Emídio de Sousa adiantou que a 10 de julho inicia uma visita ao Brasil. Um dos objetivos é analisar a situação dos consulados onde admite que há alguns constrangimentos. Não confirma a abertura dos cinco consulados previstos para o país mas adianta que vai isso sim rever a situação das carreiras e das remunerações dos funcionários consulares em todo o mundo.
Sobre a falta de professores e o ajustamento da rede EPE às necessidades das comunidades, o secretário de Estado das Comunidades não acredita que seja possível ter soluções para o próximo ano letivo. Espera em 2026 conseguir melhorar as condições remuneratórias dos professores e assim aumentar a oferta. 
 
Emídio de Sousa acredita que o Orçamento para 2026 já vai contemplar mais verbas para o ensino do português no estrangeiro.
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