Presidente da Junta de Marvila diz que tiroteio foi "caso isolado"

O presidente da Junta de Freguesia de Marvila, em Lisboa, afirmou que o tiroteio desta madrugada junto a um clube recreativo de Chelas é "um caso isolado", que terá tido como móbil um "ajuste de contas".

Agência LUSA /
O incidente deu-se no exterior do "Oriental Recreativo Clube" Lusa

Contactado pela agência Lusa a propósito do incidente que feriu sete jovens, Belarmino Silva frisou que "em 51 anos de Marvila nunca" teve "conhecimento de um caso assim", adiantando que a Junta tem emprestado com frequência o salão de festas do clube a várias associações e que nunca ocorreram actos de violência.

O incidente deu-se no exterior do "Oriental Recreativo Clube", pelas 04:00, e provocou ferimentos em sete pessoas, com idades entre os 17 e os 29 anos.

Os feridos foram transportados para o Hospital de S. José, onde foram internados quatro, estando três com um prognóstico "reservado".

Belarmino Silva acredita que o tiroteio ocorreu "por causa de copos", e rejeitou que seja necessário aumentar a vigilância policial junto ao clube recreativo.

"O apoio policial existe na freguesia, estamos todos em sintonia, mas não podemos prever quando é que estas coisas vão acontecer", salientou.

"Não vemos razões para (depois do tiroteio) modificar as condições que existem" na freguesia, adiantou o presidente da Junta, do PS, que ocupa o cargo há um ano.

Familiares dos feridos ouvidos pela Lusa no hospital contaram que tudo começou quando, no clube Oriental, onde decorria uma festa, jovens do bairro de Chelas e de um outro se envolveram em incidentes.

Escusando identificar-se, os familiares disseram que "a briga foi provocada" por jovens do outro bairro, que dispararam armas de fogo.

Na versão veiculada pela PSP, as causas do sucedido ainda não são conhecidas, mas poderá tratar-se de um "ajuste de contas" entre dois grupos.

O caso está já a ser investigado pela Polícia Judiciária.
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