O presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) diz que haverá 50 meios aéreos disponíveis para combater os incêndios em Portugal. As garantias foram dadas na Comissão de Assuntos Constitucionais. Mourato Nunes desvalorizou ainda a polémica em torno do convite de apoio a especialistas da União Europeia.
Sobre por que razão foi a ANPC a fazer esse convite, Mourato Nunes esclareceu que "é o ponto de contacto nacional junto da estrutura da União Europeia para a solicitação do apoio de emergência".
Relativamente aos meios aéreos de combate aos fogos, o presidente da ANPC afirmou que "até à data nós temos adjudicados 42 meios aéreos. Faltam oito dos 50 definidos. Não digo que estão todos os contratos assinados, porque não estão, alguns já estão assinados... aguardam vistos do Tribunal de Contas".
Questionado sobre a denúncia do contrato de manutenção dos Kamov, o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil confirmou que não há nenhum desses helicópetros disponíveis nesta altura.
"A empresa de meios aéreos não fez atempadamente a revisão dos Kamov e a Autoridade Nacional de Aviação Civil não prolongou o período de vida útil de alguns dos elementos que são fundamentais para a circulação do meio. E, como tal, nós não podemos ter os Kamov disponiveis. Esta é a a realidade. Não há nenhum Kamov disponível neste momento", afirmou.
"Paralelamente", acrescentou Mourato Nunes, "a ANPC apresentou a intenção e notificou a empresa - deu 10 dias úteis - de denunciar o contrato com a Everjet".
Por causa dessa decisão, diz o presidente da ANPC, "temos cerca de 8 a 9 milhões de euros para poder adquirir meios aéreos pesados".
