Presidente do Tribunal de Contas do Brasil defende responsabilização criminal de autores dos ataques de 8 de janeiro

por Lusa

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) brasileiro, Bruno Dantas, defendeu hoje em Lisboa a responsabilização criminal dos autores materiais e morais do ataque de 08 de janeiro às instituições políticas do país em Brasília.

"A história ensina que indulgência não é a melhor forma de se lidar com criminoso. Criminoso precisa ser punido com rigor da lei", disse Bruno Dantas, que falava à imprensa na conferência Lide Brasil, em Lisboa.

Dantas considerou ainda que o país está atualmente com a situação "mais normalizada".

"Eu acho que o Brasil hoje, felizmente, está com a situação mais normalizada. Nós vivemos dias muito tenebrosos. Mas eu considero que houve uma estabilização das coisas e nós caminhamos agora para virar uma página e para uma pacificação do país", considerou. 

Relativamente à responsabilização dos autores morais e materiais do ataque de 08 de janeiro, o presidente do TCU disse ainda se está na fase de "consolidação dos prejuízos" registados.

"Depois de nós consolidarmos todo o prejuízo iremos abrir uma tomada de contas especial para cobrar no CPF [Cadastro de Pessoa Física] de cada uma das pessoas que foi identificada. Claro que isso é um trabalho que está a cargo da polícia, a identificação das pessoas, mas tão logo nós temos a lista de depredadores, de vândalos, nós iremos responsabilizar no CPF", anunciou.

As medidas a tomar incluem o "bloqueio de património".

"Já há uma medida judicial, que foi inaugurada pela Advocacia Geral da União. Já tem mais de 18 milhões de reais (cerca de 3,2 milhões de euros) bloqueados do património dessas pessoas, mas nós sabemos que muitas vezes o bloqueio judicial leva muito tempo. O processo do Tribunal de Contas da União é um processo mais rápido, talvez as coisas possam resolver-se com mais velocidade", acrescentou.

No último dia 08 de janeiro, milhares de `bolsonaristas` levaram a cabo ataques contra as sedes do Governo, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, para exigirem um golpe de Estado contra o Governo do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

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