Primeira pedra do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia lançada em Janeiro
Braga, 21 Nov (Lusa) - O ministro da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior anunciou hoje, em Braga, o lançamento da primeira pedra do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia durante a realização de uma nova Conferência Ibérica em 17 e 18 de Janeiro.
Mariano Gago fez esta declaração no final da Conferência de Alto Nível sobre Neanotecnologia que juntou em Braga dezenas de cientistas e políticos.
Participaram Viviane Reding, Comissária Europeia para a Sociedade de Informação e Média, Janez Potocnik, da Comissão Europeu para a Investigação, e a ministra espanhola da Ciência e Comunicação, Mercedes Calvo-Sotelo.
Braga foi o local escolhido, em 2005, pelos chefes de governo José Sócrates e Zapatero para a instalação do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), a primeira parceria entre Portugal e Espanha na área da nanociência.
O laboratório será construído no terreno onde, durante vários anos, esteve instalada a Bracalândia, um parque de diversões.
Com a deslocação do parque de diversões para outra cidade, o espaço pertencente à câmara bracarense ficou disponível para a construção do laboratório ibérico.
Com inauguração prevista para 2009, o Instituto Ibérico Internacional encontra-se ainda em fase de análise de propostas de construção.
O investimento dos governos português e espanhol será de 30 milhões de euros e o novo centro de investigação irá contratar cerca de duas centenas de cientistas.
Segundo Luís Magalhães, presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento, "a nanotecnologia é a tecnologia de fabricar estruturas com moléculas e átomos. É como se os tijolos usados na nanotecnologia fossem os átomos e as moléculas".
Na medicina, "a intervenção é feita a nível molecular. É como se iludíssemos as moléculas e as puséssemos a fazer o que queremos que elas façam e não o que seria `natural` fazerem", precisou Mário Barbosa, responsável do Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto.
O INL pretende vir a constituir-se como um laboratório de "excelência científica internacional".
EYM
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