Primeiro-ministro diz que estão confirmados 16 mortos e cinco feridos em estado crítico

Numa comunicação ao país, o primeiro-ministro indicou esta quinta-feira que estão confirmados 16 mortos e cinco feridos em estado grave na sequência do acidente de quarta-feira no elevador da Glória, em Lisboa.

RTP /
Foto: Tiago Petinga - Lusa

"Segundo os últimos dados confirmados pelas entidades de saúde e o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses temos a confirmar 16 vítimas mortais e cinco feridos em estado crítico", afirmou. Durante a manhã, a Proteção Civil tinha confirmado 17 vítimas mortais deste acidente e entretanto também já corrigiu o balanço que tinha sido feito. 

Numa declaração à comunicação social sem direito a perguntas, Luís Montenegro considerou que o acidente desta quarta-feira em Lisboa foi "uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente" e expressou "profunda tristeza e consternação nesta hora difícil". 

"Estamos perante um momento que exige solidariedade e união", afirmou o chefe de Governo, salientando a resposta célere por parte das autoridades no socorro às vítimas. 

Montenegro expressou "profundo agradecimento e reconhecimento pela resposta célere de todas as entidades e autoridades públicas envolvidas". Essa resposta rápida "permitiu salvar vidas" e evitar que a tragédia assumisse proporções ainda mais devastadoras, afirmou. 

O primeiro-ministro acrescentou que o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses está a trabalhar incansavelmente com o objetivo de concluir o mais rápido possível todas as autópsias e indicou que serão dados, ainda hoje, todos os detalhes sobre as diligências que foram efetuadas.

Essas explicações serão dadas pelo diretor da Polícia Judiciária, pelo presidente do Instituto de Medicina Legal, pelo diretor-executivo do SNS e ainda pelo responsável do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários.

Montenegro vincou que o Governo está em contacto "com as famílias das vítimas nacionais e estrangeiras", nomeadamente através do MNE sempre que haja lugar à identificação das pessoas e nacionalidades. 

O primeiro-ministro anunciou ainda que o Instituto de Registos e Notariado vai disponibilizar uma equipa em Lisboa para poder acelerar registos de óbito e garantir um atendimento prioritário e também a TAP já se disponibilizou para prestar todo o apoio necessário. 

Considerou que este "trágico acidente ultrapassa fronteiras e não tem nacionalidade" e que as causas do acidente serão apuradas, referindo-se à abertura de um inquérito por parte da Procuradoria-Geral da República

Por fim, defendeu que "a tragédia não pode nem deve ser usada para aproveitar divisões ou manobras de aproveitamento político". 
Investigação interna e externa pela Carris

Também presente nesta conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, considerou que este é um acidente "sem precedentes". Salientando que este é um dia de luto para Lisboa, o autarca agradeceu o apoio prestado pelo Governo. 

Moedas anunciou ainda que pediu ao presidente da Carris a abertura de uma investigação interna mas também externa independente sobre o acidente no elevador da Glória. 
Estão também a ser feitas vistorias a outros funiculares da cidade e só depois das mesmas voltarão a funcionar. 

"Estamos a recolher todas as informações para poder apurar responsabilidades. (...) A cidade precisa de respostas. Sou, em nome dos lisboetas, o primeiro interessado em que tudo seja apurado", adiantou Moedas. 

Afirmou que a prioridade neste momento é "acompanhar as famílias" e garantiu que a empresa responsável "dará todo o apoio às famílias". 
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