Primeiro trimestre de 2023 sem maternidades encerradas

por RTP
Solen Feyissa - Unsplash

Nenhuma das maternidades do país vai estar de portas encerradas no primeiro trimestre de 2023. A decisão foi anunciada esta terça-feira pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, no âmbito do programa Nascer em Segurança no SNS.

Nem mesmo as maternidades que estavam em risco de encerrar por sugestão da comissão de acompanhamento vão fechar portas. Em causa estavam seis maternidades. Duas em Lisboa e Vale do Tejo, duas no Norte e outras duas no centro.

A direção liderada por Fernando Araújo já tinha definido o plano para os primeiros três meses do ano, onde estava contemplado o fecho alternado de 15 em 15 dias das urgências e blocos de partos da região de Lisboa e Vale do Tejo.

Nesta atualização do plano inclui-se agora maternidade de Portimão que também fecha de forma rotativa.

Assim e segundo o documento, no primeiro trimestre deste ano, na região Norte estarão em funcionamento de forma ininterrupta os 13 blocos de parto. Na região centro serão sete e no Alentejo três.

As exceções vão para a região de Lisboa e Vale do Tejo, com quatro blocos de partos a funcionar de forma ininterrupta e nove com aberturas alternadas. E para o Algarve onde o bloco de parto do hospital de Faro vai estar sempre de portas abertas e o de Portimão terá uma abertura programada.

“Pelo impacto direto que tem nas grávidas, recém-nascidos e suas famílias, a rede de serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia merece atenção prioritária, sendo essencial salvaguardar os princípios da equidade, qualidade, prontidão, humanização e previsibilidade dos cuidados prestados no SNS”, lê-se num comunicado enviado às redações.

Os resultados deste plano estratégico serão avaliados pela DE-SNS, durante o primeiro trimestre, e informarão as decisões para os trimestres seguintes, nomeadamente para o verão.

O Ministério da Saúde acrescenta ainda que “Portugal evidencia-se no panorama internacional pelas conquistas alcançadas em alguns indicadores de saúde ao longo dos últimos 40 anos, nomeadamente uma das mais baixas taxas de mortalidade perinatal do mundo. Tal realidade apenas foi possível graças à existência de um Serviço Nacional de Saúde que privilegiou, desde sempre, a segurança dos cuidados prestados às grávidas e crianças face ao número de locais onde, no passado, era aceitável a realização de partos”.
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