Professor fala em represálias da ULisboa por ter sugerido investigação sobre assédio

O professor Miguel de Lemos sugeriu a Comissão Paritária de Alunos e Docentes, para investigar o assédio na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Uma sugestão que lhe valeu uma suspensão do cargo, este ano letivo. Alega que tal se deve ao facto de não ter ficado em silêncio. A instituição nega.

Teresa Correia - Antena 1 /

Foto: José Sena Goulão - Lusa

O professor fala numa represália e acusa a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa de utilizar critérios de seleção pouco transparentes. Miguel de Lemos dá, agora, aulas noutra instituição universitária.

A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa rebate as acusações do docente e garante à Antena 1 que o número de assistentes foi, este ano, reduzido.

O Gabinete de Apoio à Vítima da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa está sem aconselhamento jurídico. Foi criado na sequência das denúncias de assédio na instituição e que envolveram uma dezena de professores. O acordo com a Ordem dos Advogados terminou em dezembro do ano passado e não foi renovado.

Foi o que confirmou à Antena 1 Rogério Alves, advogado indicado pela Ordem para dar aconselhamento jurídico neste Gabinete.

Desde o início do ano a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa refere que houve uma denúncia presencial. Denúncia que levou a diretora da instituição a abriu um inquérito e a instaurar um processo disciplinar.


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