Proteção Civil abre inquéritos aos comandantes do Fundão e do Beato e Penha de França
A Proteção Civil abriu inquéritos aos comandantes dos bombeiros voluntários do Fundão, onde 11 elementos foram detidos por suspeitas de violação e coação sexual, e do Beato e Penha de França, em Lisboa, suspeito de desvio de dinheiro.
Segundo uma informação avançada hoje à agência Lusa pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estão em curso inquéritos aos comandantes do Fundão e do Beato e Penha de França "às ações e eventuais responsabilidade que possam ter em cada uma das situações".
A ANEPC só tem competência para abrir inquéritos aos comandantes, sendo a responsabilidade de abrir processos disciplinares a bombeiros dos comandantes das respetivas corporações.
A ANEPC indica ainda que os processos ainda estão em curso, pelo que não existem conclusões.
Na terça-feira, a Polícia Judiciária deteve três elementos dos Bombeiros Voluntários do Beato e da Penha de França, em Lisboa, entre eles o comandante, por suspeitas relacionadas com o desvio de dinheiro desta associação humanitária de bombeiros para as "contas bancárias de um conjunto restrito de elementos daquela corporação".
Os três arguidos, ouvidos na quinta-feira em primeiro interrogatório judicial, saíram em liberdade, mas ficaram suspensos das funções que desempenhavam nos bombeiros do Beato e da Penha de França.
O comandante dos bombeiros do Fundão, José Sousa, demitiu-se na semana passada na sequência da detenção pela PJ, no dia 25 de novembro, de 11 elementos da corporação por serem suspeitos de dois crimes de violação e de um de coação sexual, dos quais terá sido vítima um jovem bombeiro de 19 anos, numa praxe.
Após terem sido ouvidos em primeiro interrogatório judicial, os 11 bombeiros voluntários saíram em liberdade e oito destes ficaram impedidos de entrar e frequentar o quartel.