PSD acende velas junto aos hospitais da Covilhã e Castelo Branco

Dezenas de velas acesas foram hoje colocadas junto às entradas dos hospitais da Covilhã e de Castelo Branco, numa iniciativa do PSD para contestar o anunciado encerramento daquelas maternidades.

Agência LUSA /

"Fazemos um apelo para que todas as pessoas se juntem a esta acção e aqui deixem uma vela até o Governo garantir que as maternidades da Beira Interior não vão encerrar", disse à agência Lusa, Carlos São Martinho, presidente da distrital do PSD de Castelo Branco, que organizou a acção juntamente com as concelhias da Covilhã e de Castelo Branco.

O responsável falava à entrada do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco, onde algumas dezenas de pessoas se juntaram para aceder as primeiras velas cerca das 19:30.

"É uma acção que pode durar uma semana, um mês, o tempo que for preciso e enquanto as pessoas quiserem. O ideal era que durasse pouco tempo, sinal de que o Governo mudaria de decisão rapidamente", acrescentou.

Junto à principal entrada do Hospital da Covilhã, uma tarja onde se lê "Uma vela pela maternidade" indica o recinto ali instalado onde pelas 19:00 começaram a acender-se as primeiras velas.

"Esperamos que as muitas pessoas que se deslocam ao hospital nos horários de visitas aos doentes se juntem a esta acção", referiu Joaquim Matias, presidente da concelhia da Covilhã do PSD, rodeado de algumas dezenas de pessoas.

"Não estamos aqui para juntar grandes aglomerados de pessoas, mas sim para uma acção continuada, até seja garantida a manutenção das três maternidades da região, na Covilhã, Castelo Branco e Guarda", sublinhou.

"As mulheres que necessitam destes serviços não podem ser obrigadas a fazer grandes deslocações para fazer ter partos seguros. Os argumentos do ministro da Saúde não nos convencem", acrescentou Joaquim Matias.

A Covilhã foi palco de uma manifestação em defesa da maternidade da cidade a 22 de Abril último, dinamizada pelo presidente da Câmara, Carlos Pinto (PSD).

No entanto, após uma conversa à porta fechada com o primeiro-ministro José Sócrates, durante a inauguração da Faculdade de Medicina da Covilhã, a 30 de Abril, o autarca disse ter ficado "tranquilizado" quanto à manutenção do serviço.

"Eu não estou tranquilo", comenta Joaquim Matias.

"Pode haver muito boas intenções, mas só ficarei tranquilo quando houver uma garantia clara do Governo de que as maternidades não encerram, o que ainda não aconteceu".

Recorde-se que o Governo pretende encerrar uma das três maternidades da Beira Interior - Guarda, Covilhã e Castelo Branco - deixando a decisão sobre aquela que fecha nas mãos das respectivas administrações hospitalares.


PUB