PSD afixa outdoor no Largo do Rato a propôr jardim em vez de edifício polémico

por © 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Lisboa, 12 Nov (Lusa) - A secção D do PSD afixou hoje no Largo do Rato um outdoor a defender a construção de um jardim no local para onde está previsto o polémico edifício que já foi alvo de uma petição entregue no Parlamento.

Segundo disse à Lusa o presidente da secção D do PSD, Luís Newton, apesar do projecto de arquitectura ter sido aprovado na Câmara em 2005 pela então vereadora social-democrata Eduarda Napoleão, os autarcas da freguesia "sempre se mostraram contra".

"Compreendemos os compromissos assumidos com os agentes económicos e, por isso, o PSD apresentou ao presidente da autarquia uma proposta alternativa que ainda não foi agendada e que implica a revisão de parâmetros urbanísticos com a elaboração de um plano específico para a zona", afirmou.

A colocação do outdoor surge no mesmo dia em que o executivo camarário analisa o projecto, depois de ter rejeitado em Julho a proposta de emissão de licença de construção.

No outdoor, o PSD propõe um jardim em vez do edifício projectado pelos arquitectos Frederico Valsassina e Aires Mateus, à semelhança do projecto apresentado pela vereadora social-democrata Margarida Saavedra.

A proposta da vereadora sugere um "espaço ajardinado" para o gaveto formado pela Rua do Salitre, Rua Alexandre Herculano e Largo do Rato e a criação de "corredores verdes" de ligação entre este espaço e as principais zonas verdes mais próximas, como o Jardim das Amoreiras e o Parque Eduardo VII.

Em declarações à Lusa, o líder da secção D do PSD afirmou que a principal diferença está "na forma de pensar a cidade".

"Não estamos contra aquele projecto. Estamos contra a volumetria proposta naquele local" mas "aceitamos que se possa encontrar em conjunto uma outra solução", sublinhou.

Num encontro promovido pela Ordem dos Arquitectos em Setembro, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, afirmou-se "completamente seguro" de que o projecto cumpria todos os regulamentos.

"O único reparo da sindicância [análise administrativa] era o de que devia estar na área de intervenção do Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade, o que nunca foi feito por se pensar que o Rato teria um plano específico", afirmou.

Um conjunto de cidadãos lisboetas entregou igualmente em Setembro na Assembleia da República a petição "Salvem o Largo do Rato", com 4651 assinaturas, para contestar um projecto.


pub