Num requerimento entregue hoje na Mesa da Assembleia da República, os deputados sociais-democratas eleitos pelo distrito de Setúbal referem, embora sem precisar números, que a esquadra se encontra, desde a sua inauguração, "desfalcada dos efectivos previstos na portaria 250/2005, de 31 de Janeiro".

A portaria atribui à esquadra do Laranjeiro/Feijó 65 efectivos, que, segundo os sociais-democratas, são "fundamentais para o eficaz policiamento" daquelas freguesias do concelho de Almada, que têm mais de 40.000 habitantes.

Contactado pela agência Lusa, o comandante distrital de Setúbal da PSP, superintendente Guilherme Guedes da Silva, reconheceu que a esquadra está a funcionar, "desde o início, com o número possível de agentes e não com o desejável", porque a Divisão de Almada "nunca foi reforçada com os 65 elementos".

O responsável disse, sem concretizar todos os dados, que, além dos nove agentes encarregues diariamente do atendimento ao público, registo de queixas e serviço de sentinela nocturna, a esquadra tem elementos destacados pela Divisão de Almada para patrulhamento e investigação criminal.

Quando o posto foi inaugurado, a 01 de Fevereiro do ano passado, o então ministro da Administração Interna demissionário, Daniel Sanches, chegou a admitir que ficariam operacionais 40 agentes, apoiados por dois carros-patrulha.

Reagindo na altura às críticas de autarcas, comando da PSP de Almada e Sindicato dos Profissionais de Polícia sobre a falta de pessoal na esquadra, o titular da pasta da segurança no Governo PSD/CDS-PP alegou que eram os "efectivos possíveis e perfeitamente razoáveis".

Queixando-se de assaltos a lojas, roubos por esticão, tráfico de droga e vandalismo, os presidentes das juntas de freguesia do Laranjeiro e Feijó (CDU) lançaram ainda no ano passado abaixo- assinados pedindo mais policiamento na zona.

No requerimento, o PSD pergunta igualmente ao Governo socialista quais as soluções que tem em vista para garantir a segurança de pessoas e bens naquela área.