PSP de Lisboa tem várias viaturas "à paisana" com radar
A PSP de Lisboa dispõe, desde há três meses, de várias viaturas descaracterizadas com o sistema de radar Provida 2000 que serve para controlar a velocidade e detectar manobras e condução perigosas.
O comando metropolitano de Lisboa da PSP apresentou hoje aos órgãos de comunicação social o sistema, idêntico ao utilizado pelas Brigadas de Trânsito da Guarda Nacional República (GNR), instalado em várias viaturas que patrulham os nove concelhos do distrito.
O Provida 2000 é um sistema de radar que serve para controlar, em movimento ou estacionado, qualquer viatura que se encontre na frente, traseira ou que se cruze com o veículo de controlo, possibilitando a gravação de todos os dados e imagens, que posteriormente podem funcionar como meio de prova em tribunal.
Segundo explicou o sub-comissário Lopes Oliveira, comandante operacional da divisão de trânsito de Lisboa, o Provida 2000 "é um sistema tecnologicamente avançado que permite a prova fotográfica da infracção cometida", dentro das cidades.
"Infelizmente a polícia tem que apostar em mecanismos de repressão e este é um deles", acrescentou.
Porém, muitas vezes as viaturas funcionam como meio de persuasão e, no teste hoje realizado, ficou provado que muitos condutores abrandam quando reparam que são perseguidos por um carro de alta cilindrada "suspeito".
A utilização destas viaturas requer formação específica dos agentes que são submetidos a um curso de seis meses de condução defensiva, de manuseamento do sistema e de fiscalização de contra-ordenações graves e muito graves.
As viaturas da PSP operam nos concelhos de Torres Vedras, Amadora, Vila Franca de Xira, Lisboa, Odivelas, Loures, Oeiras, Cascais e Sintra.
Segundo um dos elementos de patrulha, após a introdução do novo código da estrada, mais severo que o anterior, "os condutores demonstram ter mais cuidado, nomeadamente na utilização do telemóvel e no excesso de velocidade, e têm conhecimento que a polícia dispõe de meios sofisticados para apanhar os infractores".
Alegando sigilo operacional, o comando de Lisboa pediu para que não fossem divulgadas imagens das viaturas e as suas marcas.
Também os Comandos do Porto, Faro, Setúbal e Coimbra dispõem de viaturas apetrechadas com o mesmo sistema.