Em nota divulgada hoje, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed), indica que nos primeiros três meses deste ano os portugueses consumiram mais 7,1 por cento de medicamentos. Este valor foi de 10,2 por cento no mesmo período de 2004 Relativamente ao mês de Março, registou-se uma descida de consumo de medicamentos de 0,2 por cento em relação ao mesmo mês de 2004.

Quanto aos genéricos, que haviam alcançado em Fevereiro uma quota de mercado de 11,38 por cento, registaram um crescimento de 0,59, atingindo os 11,97 por cento em Março, que o Infarmed assinala como "a mais alta quota de mercado verificada até hoje".

Em valor, e comparando os dois meses em causa, a quota de mercado dos genéricos em Fevereiro foi de 28 milhões de euros, enquanto em Março alcançou os 32 milhões de euros.

O Infarmed afirma também que são 89 as substâncias activas de medicamentos que têm genéricos no mercado, cobrindo 39,1 por cento do total.

Em Março foram aprovadas quatro novos medicamentos genéricos, que abrangem quatro novas substâncias activas: a ciproterona, indicada para o cancro da próstata, a finasterida, para tratamento e controlo da hiperplasia benigna da próstata, o lansoprazol, para a úlcera gástrica, duodenal e esofagite de reflexo gastroesofágico, e o tenoxicam, um anti-inflamatório não esteróide.

Quanto à prescrição, o Infarmed revela que os genéricos anti- ulcerosos gástricos foram os mais receitados, com 23,2 por cento, seguindo-se os antidislipidémicos (para redução do colesterol), com 19,4 por cento, e os modificadores do eixo renina angiotensina (o principal grupo contra a hipertensão), que corresponderam a 10,3 por cento do total das prescrições.

Em Fevereiro, o Infarmed indicou que o mercado de medicamentos genéricos abrangia 8.457 medicamentos autorizados, dos quais 2.056 são comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde.