"É uma obra muito importante. Os regeneradores são o primeiro obstáculo à erosão das dunas. Foi uma obra que não conseguimos fazer na altura da reconstrução dos passadiços porque não era tão prioritária e não era possível ter o financiamento a 100% e felizmente agora temos a 100%", disse à agência Lusa o presidente da câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.

O autarca, que falava à Lusa à margem de uma reunião de câmara, explicou que esta empreitada foi alvo de uma candidatura ao Programa Operacional Regional do Norte ON.2, cabendo à autarquia adiantar a verba - "mais de 300 mil euros" - para mais tarde ser ressarcida.

Ao todo são 15 quilómetros de costa que dentro de "mês e meio a dois meses" terão regeneradores dunares reconstruídos.

"Antes da época balnear quisemos tratar dos passadiços para garantir condições e [desse investimento] não fomos ressarcidos. Não posso deixar de dizer que se tivéssemos construídos os regeneradores por nossa conta, teria sido um caos", disse Vítor Rodrigues.

A propósito deste tema - o investimento feito, cerca de 600 mil euros, na reconstrução dos passadiços que foram danificados com o mau tempo que se fez sentir no inverno - o presidente da câmara revelou que teve uma reunião com o Ministério responsável, que reconheceu que na época balnear "todos saíram bem na fotografia", mas que a câmara de Gaia teve "dificuldade" para levar a cabo a empreitada "por sua conta".

"Fiquei confiante de que o Governo comparticipe com pelo menos uma percentagem", concluiu Vítor Rodrigues.