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Relatório da DGS. Obesidade deverá aumentar 52% nas mulheres e 78% nos homens até 2050
No Dia Mundial da Alimentação, a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou o relatório anual 2024 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. A DGS revela que as estimativas preveem que a prevalência de obesidade aumente 52,3 por cento nas mulheres e 77,8 por cento nos homens até 2050, em comparação com 2021.
As estimativas são feitas com base num estudo da revista científica The Lancet, que avaliou as tendências históricas da prevalência global, regional e nacional de excesso de peso e obesidade em adultos de 1990 a 2021 e estimou as trajetórias futuras até 2050.
A nível global, entre 1990 e 2021, a prevalência de obesidade aumentou 104,9 por cento nas mulheres e 155,1 por cento nos homens e, em comparação com 2021, prevê-se que em 2050 aumente 62,3 por cento nas mulheres e 77,7 por cento nos homens.
A nível nacional, os números são um pouco mais alarmistas. Verificou-se um aumento percentual de 136,6 por cento nas mulheres e de 214,7 por cento nos homens entre 1990 e 2021. Em 2050, prevê-se que se registe um aumento desta prevalência em 52,3 por cento nas mulheres e em 77,8 por cento nos homens.
O relatório mostra também que em 2021, os hábitos alimentares foram o quinto fator de risco que mais contribuiu para a perda de anos de vida saudável. Por sua vez, os três principais fatores alimentares que contribuem para a perda de anos de vida saudável e para a mortalidade são o baixo consumo de cereais integrais, o elevado consumo de carne vermelha e o elevado consumo de carne processada.
Os dados mais recentes do Global Burden of Disease mostram que entre 2000 e 2021, o elevado consumo de bebidas açucaradas, de carne vermelha e de carne processada e o baixo consumo de hortícolas foram os fatores de risco onde se verificou o maior aumento nos DALY’s. O DALY (Disability-Adjusted Life Year, em português Anos de Vida Ajustados por Incapacidade) é uma medida de carga global de doenças, usada em saúde pública para estimar o impacto total de doenças, lesões e condições de saúde sobre uma população. Ou seja, 1 DALY representa um dia de vida de saudável perdido.
A DGS conclui que as projeções internacionais indicam que Portugal teria aproximadamente menos 13 por cento de DALY’s do que o esperado em 2050 se fossem eliminados fatores de risco comportamentais e metabólicos, como o IMC elevado dos adultos e a exposição a fatores de risco alimentares.
Portugal entre os países europeus com menor teor de sal e açúcar
O relatório destaca também que Portugal se encontra entre os países europeus com o menor teor médio de sal em produtos de padaria, produtos processados à base de batata, refeições pré-preparadas enlatadas e frescas, e queijos.
Para além disso, Portugal também está entre os países com o menor teor médio de açúcar para refrigerantes e bolos e bolachas doces.
Este é um reflexo, em parte, do impacto positivo do Imposto sobre Bebidas Açucaradas (IEC). Os dados mostram que entre 2017 e 2024 verificou-se uma diminuição de 39 por cento nas bebidas com maior teor de açúcar.
Pelo contrário, nas categorias como cereais de pequeno-almoço, iogurtes e produtos de charcutaria, o teor médio de sal e açúcar continua acima da média europeia, “demonstrando a necessidade de continuar a investir na reformulação dos produtos alimentares em Portugal”.
Pela primeira vez, o relatório da DGS inclui também dados relativos à resposta dos cuidados de saúde primários (CSP) na área da nutrição, concluindo que em 2024, realizaram-se quase 137 mil consultas de nutrição nos CSP, o que representa um aumento de 30% face a 2022.
A nível global, entre 1990 e 2021, a prevalência de obesidade aumentou 104,9 por cento nas mulheres e 155,1 por cento nos homens e, em comparação com 2021, prevê-se que em 2050 aumente 62,3 por cento nas mulheres e 77,7 por cento nos homens.
A nível nacional, os números são um pouco mais alarmistas. Verificou-se um aumento percentual de 136,6 por cento nas mulheres e de 214,7 por cento nos homens entre 1990 e 2021. Em 2050, prevê-se que se registe um aumento desta prevalência em 52,3 por cento nas mulheres e em 77,8 por cento nos homens.
O relatório mostra também que em 2021, os hábitos alimentares foram o quinto fator de risco que mais contribuiu para a perda de anos de vida saudável. Por sua vez, os três principais fatores alimentares que contribuem para a perda de anos de vida saudável e para a mortalidade são o baixo consumo de cereais integrais, o elevado consumo de carne vermelha e o elevado consumo de carne processada.
Os dados mais recentes do Global Burden of Disease mostram que entre 2000 e 2021, o elevado consumo de bebidas açucaradas, de carne vermelha e de carne processada e o baixo consumo de hortícolas foram os fatores de risco onde se verificou o maior aumento nos DALY’s. O DALY (Disability-Adjusted Life Year, em português Anos de Vida Ajustados por Incapacidade) é uma medida de carga global de doenças, usada em saúde pública para estimar o impacto total de doenças, lesões e condições de saúde sobre uma população. Ou seja, 1 DALY representa um dia de vida de saudável perdido.
A DGS conclui que as projeções internacionais indicam que Portugal teria aproximadamente menos 13 por cento de DALY’s do que o esperado em 2050 se fossem eliminados fatores de risco comportamentais e metabólicos, como o IMC elevado dos adultos e a exposição a fatores de risco alimentares.
Portugal entre os países europeus com menor teor de sal e açúcar
O relatório destaca também que Portugal se encontra entre os países europeus com o menor teor médio de sal em produtos de padaria, produtos processados à base de batata, refeições pré-preparadas enlatadas e frescas, e queijos.
Para além disso, Portugal também está entre os países com o menor teor médio de açúcar para refrigerantes e bolos e bolachas doces.
Este é um reflexo, em parte, do impacto positivo do Imposto sobre Bebidas Açucaradas (IEC). Os dados mostram que entre 2017 e 2024 verificou-se uma diminuição de 39 por cento nas bebidas com maior teor de açúcar.
Pelo contrário, nas categorias como cereais de pequeno-almoço, iogurtes e produtos de charcutaria, o teor médio de sal e açúcar continua acima da média europeia, “demonstrando a necessidade de continuar a investir na reformulação dos produtos alimentares em Portugal”.
Pela primeira vez, o relatório da DGS inclui também dados relativos à resposta dos cuidados de saúde primários (CSP) na área da nutrição, concluindo que em 2024, realizaram-se quase 137 mil consultas de nutrição nos CSP, o que representa um aumento de 30% face a 2022.