"Fui muito bem recebido, mas desde que não deixe os documentos não vou satisfeito", disse o mestre José Festas, que preside a uma comissão designada "Pró-segurança maior dos homens do mar", criada após o naufrágio de sexta-feira na Nazaré, depois de ser recebido pelo assessor do Presidente da República para a Segurança Nacional, Abílio Morgado.

O representante reiterou a intenção de entregar em mão, ao Presidente da República, primeiro-ministro e ministros da Agricultura e da Defesa o manifesto, assinado por armadores, autarcas e sindicatos do sector.

Afirmou ainda que, se não conseguir entregar o manifesto em mão, realizará um plenário da recém constituída comissão "Pró-
segurança maior dos homens do mar" para "tomar medidas".

Questionado pelos jornalistas, adiantou que essas medidas "poderão passar por uma manifestação solidária com o povo do mar".

Mostrou-se também indignado com a alegada ineficácia das operações de socorro, depois do naufrágio de sexta-feira, que resultou na morte de três pescadores e no desaparecimento de outros três.

José Festas afirmou que o assessor do Presidente da República manifestou a solidariedade de Cavaco Silva e transmitiu-lhe os sentimentos às famílias das vítimas.

A embarcação de pesca "Luz do Sameiro" naufragou sexta-feira com sete tripulantes a bordo causando a morte a três pescadores.

Três outros pescadores continuam desaparecidos e apenas um sobreviveu.