Roseta defende extinção da fundação a quem foram doados prédios em Chelas

A candidata independente à câmara de Lisboa, Helena Roseta, defendeu hoje a extinção da Fundação D. Pedro IV, à qual foram doados prédios em Chelas durante a gestão autárquica de Pedro Santana Lopes.

© 2004 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. /

Numa visita ao bairro dos Lóios, onde está uma parte desses prédios, Roseta considerou "um erro crasso" a sua "entrega sem encaixe financeiro para o Estado e sem ónus" à fundação, que "não investiu um tostão" e depois aumentou as rendas.

"No dia em que for eleita, a primeira coisa que vou propor é que seja extinta a Fundação Dom Pedro IV, que é uma imoralidade", prometeu, junto à Associação Tempo de Mudar e a moradores dos bairros onde estão situados os mais de mil fogos, Lóios e Amendoeiras.

Helena Roseta desafiou os outros candidatos a pedirem o mesmo, lembrando que a câmara de Lisboa "não tem sozinha competência para extinguir a Fundação D. Pedro IV", mas dizendo que esta "pode ter uma posição política".

"Só juntando a força de tudo é que se conseguem as respostas. Aliás, o lema aqui é: Chelas unida jamais será vencida", acrescentou.

Para a candidata do movimento "Cidadãos por Lisboa", a solução passa por os moradores "constituírem-se numa associação ou numa cooperativa para comprarem as suas próprias casas" ou passarem a arrendá-las a uma entidade pública.

Roseta referiu que é do tempo da presidência de Santana Lopes a decisão de "entregar gratuitamente a uma fundação privada um parque imobiliário enorme, que agora o gere como se o tivesse construído e arranjado, o que não fez".

"Provavelmente teve más informações, não faço ideia de porque é que fizeram este erro", afirmou, completando que a transferência dos fogos "nunca deveria ter acontecido" e que agora "a fundação não está a cumprir os seus objectivos".

PUB