Rotunda vai substituir entroncamento perigoso em Mazarefes
O entroncamento de Mazarefes, em Viana do Castelo, vai ser substituído por uma rotunda, satisfazendo uma reivindicação antiga da junta de freguesia local, anunciou hoje o director de estradas do distrito.
O director, António Cruz, disse hoje à agência Lusa que "estão a ser envidados esforços" para tentar que a construção da rotunda, orçada em 125 mil euros, avance no decorrer do segundo semestre deste ano.
O presidente da Junta de Mazarefes, Américo Balinha, ameaçou em meados de 2004 avançar com um corte de estrada, caso as entidades competentes não substituíssem, "em tempo útil", aquele "perigoso" entroncamento por uma rotunda.
"Andamos há 10 anos a tentar resolver o assunto pela via do diálogo, mas nunca nos deram qualquer resposta.
E a paciência tem limites", avisou, na altura, o autarca.
O entroncamento em questão situa-se na saída da A- 28, que dá acesso a Mazarefes e a várias outras freguesias e ainda à Estrada Nacional 202, entre Viana do Castelo e Ponte de Lima.
Além de centenas de ligeiros, passam por ali diariamente vários camiões, nomeadamente em direcção à Portucel.
"Registam-se ali acidentes praticamente todas as semanas, alguns dos quais com vítimas mortais, como aconteceu há meia dúzia de anos atrás, quando morreu um jovem de Mazarefes e ainda hoje não se sabe de quem foi a culpa", disse Américo Balinha.
O caso já foi levado, por duas vezes, à Assembleia Municipal de Viana do Castelo e, em ambas, foi deliberado, por unanimidade, solicitar à Estradas de Portugal a substituição do entroncamento por uma rotunda.
"Se fosse uma obra da responsabilidade da Junta ou da Câmara, a rotunda já estaria feita há muito. Não se entende como é que, numa altura em que se fala tanto em prevenção rodoviária, não se executa uma obra que custará pouco dinheiro, pois nem sequer é necessário realizar expropriações", criticou.
Na altura, e em declarações à Lusa, o director de Estradas do distrito reconheceu que se trata de um entroncamento "com algum grau de perigosidade" e onde "têm acontecido alguns toques", mas sublinhou que os acidentes acontecem "sobretudo devido à falta de cuidado dos condutores e ao desrespeito pela sinalização".
"Mesmo assim, não tenho dados que apontem aquele entroncamento como um dos pontos negros do distrito em termos de segurança rodoviária", acrescentou.