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Santos Silva considera "infundadas" algumas "ideias feitas sobre a Justiça"
Na abertura do Ano Judicial, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, destacou os planos do executivo para a "consolidação e desenvolvimento" dos Julgados de Paz.
"O Parlamento só pode juntar-se ao programa do Governo no que ele prevê de consolidação e desenvolvimento deste meio", acrescentou, destacando ainda o papel da Provedoria da Justiça.
O presidente da AR sublinhou a importância dos diversos relatórios das instâncias judiciais que informam os deputados sobre o estado da justiça em Portugal e o regime dos "direitos, liberdades e garantias".
"Uma leitura, mesmo que rápida, dos relatórios remetidos ao Parlamento, mostra quão infundadas são algumas das ideias feitas sobre a nossa justiça, que contudo circulam imperialmente pelo espaço público", considerou Santos Silva, dando como exemplo "a taxa da recusa de vistos a atos e contratos públicos por parte do Tribunal de Contas", a qual "é baixíssima".
Também "há progressos substanciais no cumprimento das recomendações do mesmo tribunal sobre a conta geral do Estado, tão importantes para a melhoria da qualidade das finanças públicas", referiu.
Outro bom exemplos destacado pelo Presidente da Assembleia da República foi a existência "não de retrocessos mas de melhorias nos indicadores-chave como a taxa de resolução processual ou o número de processos pendentes", com base em dados referentes a 2021 do Relatório do Conselho Superior de Magistratura.
Já quanto ao Sistema Prisional e de Reinserção Social, o relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção "demonstra a justeza das ações de combate à pandemia seguidas em 2020 e 2021", considerou Santos Silva.