Secretário-geral ibero-americana defende criação de "escola de Governo"

O secretário- geral ibero-americano saudou hoje uma iniciativa apadrinhada pelos chefes de Estado de Portugal e do Chile para a criação de uma "escola de Governos" que aprofunde a capacidade dos líderes políticos da América Latina.

Agência LUSA /

"Precisamos de partir das grandes experiências, aproveitá-las e difundir, aprofundar a capacidade dos líderes políticos da América Latina", frisou Enrique Iglesias.

"É importante que uma das grandes iniciativas desta cimeira seja aprofundar a ideia de uma escola de Governo ibero-americana, que espero possa ser uma das grandes contribuições da Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB)", disse questionado pela Agência Lusa sobre o tema.

Enrique Iglesias disse que a iniciativa deverá ter o apoio dos Presidentes de Portugal e do Chile, Jorge Sampaio e Ricardo Lagos que hoje assinam um artigo conjunto publicado em Portugal e Espanha que defende uma "transversalidade ibero-americana mais profunda" que passe por um reforço das políticas públicas.

"A democracia dá-nos a confiança e o estímulo para pensar com ambição: pensar nas melhoras formas de aproveitar as oportunidades e prevenir os riscos da globalização, para dar respostas concretas aos sonhos e expectativas dos nossos povos", escrevem.

A importância dada às políticas públicas deve-se, afirmam, ao facto de através delas ser possível "assentar um paradigma de trabalho, cujo propósito central seja o impulso do crescimento económico (Ó) em concordância com programas sérios e eficientes de desenvolvimento e justiça social".

Como motor desse processo e defendendo um espaço de debate mais amplo e participativo, os dois chefes de Estado sugerem a criação de uma entidade, com sede na Península Ibérica, para a melhor partilha de experiências entre o mundo desenvolvido e em desenvolvimento.

"Do que se trata é de avançar entre nós uma prática de políticas públicas sustentada, precisamente numa transversalidade ibero-americana", escrevem.

"Um testemunho para a globalidade onde o que somos e o que fazemos seja um contributo para a mesa hemisférica, no caso dos latino-americanos e uma identidade especial na mesa europeia, no caso de Espanha e Portugal", concluem.

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